Álamo
Nomes Populares: Álamo, Álamo-europeu, Álamo-itálica, Álamo-negro, Álamo-piramidal, Choupo, Choupo-da-lombardia, Choupo-italiano, Choupo-negro
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais
Clima: Continental, Mediterrâneo, Subtropical, Temperado
Altura: acima de 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
1-O álamo é uma árvore de porte médio a grande, que chega a alcançar 30 metros de altura.
2-É uma espécie de talhe elegante, com tronco ereto e copa mais ou menos densa, de forma oval, colunar ou piramidal, de acordo com a variedade.
3-As folhas são rombóides, simples, alternas, com margens serrilhadas e um pecíolo longo e fino. Sendo uma espécie dióica, apresenta indivíduos machos e fêmeas. As inflorescências são axilares, do tipo espiga, com flores de cor creme-esverdeadas, pequenas, sem importância ornamental, polinizadas através do vento.
4-Os frutos são do tipo cápsula e se abrem revelando as sementes entremeadas em fibras algodonosas.
5-O álamo é uma árvore muito popular na Europa. Com qualidades ornamentais e crescimento rápido, ele é uma boa opção para o paisagismo em grandes áreas, principalmente quando arranjado em renques ao longo de passeios, criando um belo efeito visual.
6-Sua utilização na arborização urbana é contraindicada, pois suas raízes são bastante agressivas, sendo preconizado que o plantio seja realizado a pelo menos 15 metros de distância de construções ou tubulações subterrâneas. Cultivares de copas densas, como a Itálica, também servem como quebra-ventos.
7-Sua madeira é muito leve, clara, uniforme e de baixa resistência, sendo utilizada na fabricação de papel, brinquedos, palitos de fósforos, caixotaria, móveis, aglomerados e persianas, entre outras aplicações.
8-Deve ser cultivado sob sol pleno, em solos ácidos ou alcalinos, arenosos ou argilosos, enriquecido com matéria orgânica e irrigado no primeiro ano de implantação.
9-Rústico, o álamo se adapta bem a solos úmidos e resiste a curtos períodos de estiagem. Planta típica de clima temperado, suporta geadas e frio intenso (até -24ºC) e não tolera o calor tropical, sendo indicada para regiões de altitude e sul do Brasil.
10-Na passagem em que esta palavra ocorre (Gn 30.37), a palavra primitiva vem de uma raiz que significa ‘coisa branca’.
11-O álamo branco é comum na Palestina, e preenche as condições do texto da Escritura em que esse nome se encontra.
12-Era plantada em virtude da sua sombra, e usava-se a madeira para utensílios de casa.
13-Varas descascadas do álamo foram postas por Jacó diante do rebanho de Labão (Gn 30.37).
14-A árvore mencionada em Gn 30.31 não nasce no sítio indicado – provavelmente a palavra empregada significa amendoeira.
15-O Álamo ou choupo branco estava presente em cerimônias e oferendas em honra a Dionísio, “deus” do vinho e da natureza. Era costume que aqueles que se dedicavam a estes cultos se cobrissem com folhas de álamo.
16-Os gregos em jogos olímpicos tinham por costume coroar vencedores com galhos de álamo, porque segundo a lenda Herácles, um herói grego, teria regressado do submundo com uma coroa de galhos de álamo, árvore pela qual tinha predileção.
15-Em Oséias 4:12-13 temos também a menção ao álamo: “O meu povo consulta a sua madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito da luxúria os engana, e prostituem-se, apartando-se da sujeição do seu Deus. Sacrificam sobre os cumes dos montes, e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, e do álamo, e do olmeiro, porque é boa a sua sombra; por isso vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram.” Oséias 4:12,13
Contexto Espiritual pelo Princípio da Primeira Menção
“Depois que Raquel deu à luz a José, disse Jacó a Labão: Despede-me a fim de que eu vá para meu lugar e para minha terra. Dá-me as minhas mulheres, e os meus filhos, pelas quais te tenho servido, e deixa-me ir; pois tu sabes o serviço que te prestei.
Labão lhe respondeu: Se tenho achado graça aos teus olhos, fica comigo; pois tenho percebido que o Senhor me abençoou por amor de ti. E disse mais: Determina-me o teu salário, que to darei.
Ao que lhe respondeu Jacó: Tu sabes como te hei servido, e como tem passado o teu gado comigo. Porque o pouco que tinhas antes da minha vinda tem se multiplicado abundantemente; e o Senhor te tem abençoado por onde quer que eu fui. Agora, pois, quando hei de trabalhar também por minha casa?
Insistiu Labão: Que te darei? Então respondeu Jacó: Não me darás nada; tornarei a apascentar e a guardar o teu rebanho se me fizeres isto: Passarei hoje por todo o teu rebanho, separando dele todos os salpicados e malhados, e todos os escuros entre as ovelhas, e os malhados e salpicados entre as cabras; e isto será o meu salário.
De modo que responderá por mim a minha justiça no dia de amanhã, quando vieres ver o meu salário assim exposto diante de ti: tudo o que não for salpicado e malhado entre as cabras e escuro entre as ovelhas, esse, se for achado comigo, será tido por furtado. Concordou Labão, dizendo: Seja conforme a tua palavra.
E separou naquele mesmo dia os bodes listrados e malhados e todas as cabras salpicadas e malhadas, tudo em que havia algum branco, e todos os escuros entre os cordeiros e os deu nas mãos de seus filhos; e pôs três dias de caminho entre si e Jacó; e Jacó apascentava o restante dos rebanhos de Labão.
Então tomou Jacó varas verdes de estoraque (álamo), de amendoeira e de plátano e, descascando nelas riscas brancas, descobriu o branco que nelas havia; e as varas que descascara pôs em frente dos rebanhos, nos cochos, isto é, nos bebedouros, onde os rebanhos bebiam; e conceberam quando vinham beber.
Os rebanhos concebiam diante das varas, e as ovelhas davam crias listradas, salpicadas e malhadas. Então separou Jacó os cordeiros, e fez os rebanhos olhar para os listrados e para todos os escuros no rebanho de Labão; e pôs seu rebanho à parte, e não pôs com o rebanho de Labão.
e todas as vezes que concebiam as ovelhas fortes, punha Jacó as varas nos bebedouros, diante dos olhos do rebanho, para que concebessem diante das varas; mas quando era fraco o rebanho, ele não as punha. Assim as fracas eram de Labão, e as fortes de Jacó.
E o homem se enriqueceu sobremaneira, e teve grandes rebanhos, servas e servos, camelos e jumentos.” Gn 30:25-43
A matéria prima do discipulado: “Varas verdes”
“Tomou, então, Jacó varas verdes”
Em seu engenhoso plano para fazer prosperar seu rebanho, Jacó fez uso de varas verdes para obter o resultado que esperava. “Varas verdes” são mais fáceis de trabalhar por serem mais tenras e, portanto, flexíveis ao manuseio. Essa é uma figura perfeita para representar o trabalho do discipulado, pois nosso papel é investir naqueles que têm a flexibilidade para serem acompanhados.
Jesus, ao iniciar Seu ministério terreno, escolheu para si doze “varas verdes” onde trabalhou ardorosamente durante três anos moldando seu caráter e imprimindo uma nova identidade. Havia muitas pessoas “prontas” em Sua época, no entanto já era madeira seca, tinham seus próprios conceitos e “vícios”. O próprio João Batista preferiu entregar seus discípulos a Jesus a sujeitar-se a uma nova formação.
Devemos pedir a Deus em oração que nos dê um caráter moldável a fim de sempre estarmos prontos a mudanças estratégicas. Todos nós um dia fomos “varas verdes”. Pense um pouco sobre as atitudes imaturas que cometeu durante sua caminhada cristã e até mesmo sobre o trabalho que deu aos seus irmãos! Em um processo continuo, Ele nos forma e nos modela àquilo que deseja. Todos nós estamos nesse processo e Ele continuará trabalhando em nós enquanto formos tratáveis. Olhe ao seu redor e veja quantas “varas verdes” estão disponíveis para serem trabalhadas e transformadas em colunas na casa de Deus. Não despreze nenhuma delas, pois Deus as usará de forma surpreendente para trazer a multiplicação em sua vida e ministério.
No processo de discipulado é necessário “removermos a casca”
“E lhes removeu a casca”
Para que a “brancura de Cristo” se evidencie em nós, é imperativo que nos desvencilhemos da velha natureza, que está ligada ao velho homem: “no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano” (Ef 4:22) – “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos rodeia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (Hb 12:1).
As “cascas” também representam as velhas estruturas que emperram o mover do Espírito na Igreja de Cristo. Muitas vezes elas vêm na forma de tradicionalismo e resistência ao novo de Deus, também se revelam nas críticas e nos famosos “achismos” que resistem fortemente à revelação do Espírito, essas cascas também aparecem como controle e manipulação e como rebelião, mas a forma mais nociva é por meio da religiosidade.
A religiosidade é uma carapaça maligna que envolve a mente de muita gente fazendo-as pensar que não necessitam de discipulado por se encontrarem num nível de santidade e maturidade espiritual acima dos outros.
Na verdade, com a verdadeira maturidade vem a submissão e a necessidade de sujeitar-se a um discipulado. Quais as “cascas” que permanecem em nossas vidas impedindo-nos de revelar a beleza do caráter de Cristo? Que estruturas de engano ainda estão apegadas à nossa mente privando-nos de sermos frutíferos? Sonde sua vida debaixo do temor de Deus e identifique as “cascas” que precisam ser removidas.
No discipulado somos expostos a um processo de cura e libertação
“Em riscas abertas”
Crescimento espiritual pode ser, em alguns momentos, um processo doloroso, pois a remoção de velhas estruturas pode significar praticamente em amputação, uma vez que algumas atitudes já estão tão intrinsecamente ligadas a nós que já se tornaram parte de nossas vidas, como um membro.
Contudo essa “amputação” não significa “mutilação”, visto que apenas permanecerá o que for de Cristo. As “riscas abertas” representam o processo de cura e libertação que necessitamos passar, expondo nosso conteúdo interior a fim de receber transformação.
Só chegarão num nível de cura e libertação satisfatórios aqueles que estão livres da religiosidade e justiça própria, reconhecendo suas falhas e submetendo-se ao tratamento do Espírito Santo.
Paulo declara: “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6:17). Era evidente na vida de Paulo as “riscas abertas” que foram marcando sua vida, mas produzindo nele um caráter cada vez mais aperfeiçoado. Nesse processo há muita renúncia, liberação de perdão, libertação de amarras que prendem a alma e sentimos a dor do nosso pecado que esmagou Cristo naquela Cruz: “para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Filipenses 3:10).
É nesse momento que muitos desistem e acabam abortando a promessa de multiplicação para suas vidas, pois não estão dispostas a enxergarem suas mazelas espirituais e reconhecerem a necessidade de humilhação e dependência. Esse pode ser um trabalho doloroso, tendo em vista o fato de algumas dessas estruturas estarem tão arraigadas em nós que até já fazem parte de nós, mas é um trabalho que decidirá nosso crescimento.
Se quisermos que a glória de Cristo se manifeste em nossas vidas, é preciso passar por esse processo de limpeza. Quando as pessoas enxergam a glória de Deus em nossas vidas, então elas conceberão exatamente o que estão contemplando, isso porque o caráter de Cristo é exatamente o objeto de nossa contemplação: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Coríntios 3:18).
O propósito do discipulado é deixar o caráter de Cristo se evidenciar por meio de nossas vidas
“Deixando aparecer a brancura das varas”
A visão de discipulado é uma visão de santidade. Sem santidade, diz a Escritura, ninguém verá a Deus (Hb 12.14). É quando rompemos com o pecado que a nova natureza se manifesta em nós: “no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.22-24).
Essa “brancura” é a vida de Cristo se manifestando em nossas vidas por meio do fruto do Espírito (GI 5.22-25). O desejo do Pai é que cheguemos até o nível de Gálatas 2.20 — é quando essa brancura se evidência em plenitude.
Santidade não é algo que só se manifesta na igreja, na presença dos irmãos, mas em toda parte. Assim como aquelas varas estavam por toda parte onde as ovelhas se viravam, a manifestação de Cristo em nossas vidas precisa ser percebida por onde quer que andemos a fim de alcançar o maior número possível de pessoas.
Nosso estilo de vida deve marcar um padrão de conduta que inspire as pessoas a desejarem ser como Jesus. As pessoas ao nosso redor devem olhar para nós e se sentirem desafiadas e desejosas de seguir o nosso modelo: “Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna” (1 Timóteo 1:16).
Contudo o contrário também é verdade, pois se a brancura do caráter de Cristo glorifica o Seu nome, o pecado e o mau testemunho fazem os ímpios blasfemarem: “Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa” (Romanos 2:24).
Cada vez que somos feridos e golpeados pelas circunstâncias da vida, temos a oportunidade de revelar o fruto do Espírito em vez de destilarmos amargura, rancor e rebeldia.
São nas horas de aflição e testes que podemos deixar Cristo reinar, mostrando ao mundo que podemos ser diferentes. O que nossa família, amigos e irmãos em Cristo têm visto em nós nesses momentos?
Conclusão
O resultado é automático: “E concebia o rebanho diante das varas, e as ovelhas davam crias … “(Gn 30:39). É aqui que o discipulado acontece, é exatamente aqui que veremos o rebanho do Senhor se multiplicando, como as ovelhas fortes de Jacó! (Gn 30.41,42).
Não há nada que alegra mais o coração de Deus do que ver uma multidão de pecadores que agora manifestam o caráter de Cristo e reproduzem isso na vida de outros. Não esqueça: “cada semente produz de acordo com a sua espécie”. Deixemos, portanto, Cristo ser reproduzido em e através de nós por meio do discipulado eficaz. Submetamo-nos a essa aventura que transformará as nossas vidas e a de outros até que nossa geração seja alcançada.
Algumas Passagens Bíblicas em que o Álamo é mencionado
1-“Então, tomou Jacó varas verdes de álamo, e de aveleira, e de castanheiro e descascou nelas riscas brancas, descobrindo a brancura que nas varas havia,” Gênesis 30:37
2-“Plantarei no deserto o cedro, a acácia, e a murta, e a oliveira; porei no ermo juntamente a faia, o pinheiro e o álamo.” Isaías 41:19
3- “A glória do Líbano virá a ti; a faia, o pinheiro, e o álamo conjuntamente, para ornarem o lugar do meu santuário, e glorificarei o lugar dos meus pés.” Isaías 60:13
4-“Sacrificam sobre os cumes dos montes e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, e do álamo, e do olmeiro, porque é boa a sua sombra; por isso, vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram.” Oseias 4:13