Os Últimos Dias

 

Sumário

1- Os Últimos Dias – Caracterização

1.1- Enganos.

1.2- Violência e guerras.

1.3- Fome e sede na terra.

1.4- Enfermidades e pestes.

1.5- Falsa paz.

1.6- Grande tribulação.

2- Visões do arrebatamento.

2.1- Pré-Tribulacionismo.

2.2- Meso-Tribulacionismo

2.3- Pós-Tribulacionismo

Os Últimos Dias – Caracterização

Enganos.

Apocalipse 6:2 Olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vencendo, e para vencer.

Jeremias 14:14; 23:26 E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam mentiras em meu nome; não os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei. Visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam.

Até quando se achará isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que profetizam do engano do seu próprio coração?

A primeira advertência para esta hora final de desvio e apostasia é sobre os enganos, do qual somente poderemos ser livres perseverando nos fundamentos da doutrina apostólica da palavra de Deus, guardando o bom depósito e pelejando pela fé que, de uma vez por todas, foi entregue aos santos:

Mateus 24:3-4 E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo. Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane.

Desde a tentação no Éden e da entrada do pecado, existe muito engano no mundo, como consequência de os reinos deste mundo terem passado para o domínio de Satanás.

Existem vários documentários sobre os bastidores da Grande Babilônia, teorias de conspiração e sociedades secretas. Embora possamos saber que muitas destas coisas ocultas realmente existam, não precisamos nos distrair ou nos aprofundar muito nelas. Esses assuntos nunca têm fim e estão sempre sujeitos a muita dialética de informação e contrainformação, o que, por si só, já nos indica algo nos bastidores, como diz o dito popular: onde há fumaça, há fogo.

Apocalipse 2:24-25 Digo-vos, porém, a vós os demais que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conhecem as chamadas profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei; mas o que tendes, retende-o até que eu venha.

Em meio à correria dos últimos dias, precisamos ser livrados da busca insaciável por informação não relevante, num mundo virtual online, cheio de mentiras e de enganos, levando o homem a uma busca insaciável de prazer e de coisas materiais que nunca podem satisfazer a alma sedenta do homem.

Eclesiastes 2:11   Então olhei eu para todas as obras que as minhas mãos haviam feito, como também para o trabalho que eu aplicara em fazê-las; e eis que tudo era vaidade e desejo vão, e proveito nenhum havia debaixo do sol.

Esses enganos todos vão sendo implantados na mente dos homens, que sequer sabem que estão sendo enganados. Alguns chegam mesmo a entender que a própria marca da besta, na verdade relacionada com escolha e adoração, possa ser uma espécie de conformação da mente.

Gênesis 6:5 Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente.

O maior dos enganos é achar que não estamos nele.

1 João 2:18 Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora.

Entre estes enganos, pode estar a própria tradição ou práticas, às quais estamos tão acostumados.

Marcos 7:7-8, mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Vós deixais o mandamento de Deus, e vos apegais à tradição dos homens.

O Egito representa a pujança e riquezas num mundo mal, onde prazeres e vaidades enganosos se compram com as riquezas injustas, acumuladas por poucos sob o trabalho escravo de muitos. No Egito, se desenvolvem as religiões de mistério, a adoração da criação e o conhecimento natural do homem, que, sem o Deus verdadeiro, multiplicam seus falsos deuses.

O Egito representa a ambiguidade do mundo e a confiança do homem no homem. Para lá Abraão e Jacó se dirigiram, tendo Isaque sido poupado e avisado para não descer ao Egito e permanecer na terra da promessa. Nunca devemos flertar ou confiar no mundo, ao invés de sempre depender de Deus e do seu poder, confiando em sua promessa para nos livrar dele.

A Babilônia representa, de alguma forma, todos os impérios desde a planície de Sinar até os nossos dias, em sua vã tentativa de edificar cidades e uma torre até o céu pela soberba do homem em suas religiões ocultas adorando a si mesmo e a outras criaturas, o poder político e econômico e seus grandes empreendimentos.

Daniel viveu na Babilônia e teve a visão da sequência dos impérios, a partir dela, tendo recebido do arcanjo Gabriel, na época do reino da Pérsia, o reino seguinte à Babilônia, a profecia das setenta semanas, indicando a vinda do ungido no meio desses impérios, o quarto reino do sonho ou a sexta cabeça do dragão e da besta, até destruição de todos estes impérios, na época do sétimo reino, com o oitavo rei ou o homem da iniquidade, que é dos sete e irá para a perdição, na gloriosa vinda do reino do Messias, o ungido.

A Babilônia é mesmo um grande mistério por representar o protótipo dos impérios em conflito com o reino de Deus, sendo o ponto de partida da visão profética até o fim dos mesmos. Na sequência é o terceiro império ou cabeça, após Egito e Assíria, os primeiros que o povo de Deus teve que enfrentar, o Egito até a redenção da escravidão e a Assíria com a primeira deportação de dez tribos de Israel para o meio das nações, as chamadas tribos perdidas, que não voltaram à terra da promessa para a primeira vinda do Messias. Em seguida, vieram os reinos da Pérsia, Grécia e Roma, faltando a consolidação e manifestação do império final, representado pela chamada nova ordem mundial sob governo do anticristo.

Na época do reino da Babilônica, as duas tribos restantes de Israel foram para o cativeiro por setenta anos, após a destruição do templo e da cidade de Jerusalém, com o subsequente retorno do remanescente para colocar o altar na base, lançar os alicerces do novo templo, posteriormente ampliado por Herodes, logo antes da chegada do Messias e a reedificação dos muros e das portas de Jerusalém na etapa final da antiga aliança.

O império da Babilônia tem vários aspectos, como as religiões e mistérios, os negócios de comércio e finanças deste mundo e as ordenações políticas e de governo, tão extensos e variados, sobre os quais não consideraremos mais detalhes.

O mundo engloba todo o sistema que se opõe a Deus, desde o pecado no Jardim, Sodoma, Egito e o mistério da Grande Babilônia.

1 João 2:16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.

1 João 5:19 Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno.

Violência e guerras.

Corrupção, violência, guerras e suas consequências já estão em curso há séculos, a ponto de muitos interpretarem os eventos relatados na abertura dos selos, como tendo se iniciado logo após a partida do Senhor e o início da igreja.

Apocalipse 6:4 E saiu outro cavalo, um cavalo vermelho; e ao que estava montado nele foi dado que tirasse a paz da terra, de modo que os homens se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.

Para tanto, se faz necessário diferenciar o cavalo branco, correspondente à abertura do primeiro selo, dos demais cavalos, correspondentes aos próximos selos, no sentido deste cavalo ser o evangelho ou o próprio Senhor.

Como as primeiras advertências sobre o tempo final se referem a engano, devemos ter cautela com tal interpretação, tendo em vista o que representam os cavalos vermelho, preto e amarelo que o seguem e que o Senhor vitorioso sobre cavalo branco, está claramente identificado no capítulo 19 do Apocalipse.

Apocalipse 19:11-16 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com justiça. Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Mesmo que guerras, fome e peste estejam ocorrendo ao longo dos séculos, e não apenas após a 1ª vinda do Senhor, a profecia do Apocalipse pode se referir a um aumento sem precedente de todas essas coisas, em preparação para a manifestação final do anticristo e o desencadeamento dos juízos de Deus sobre este mundo, como nos dias anteriores ao dilúvio.

2 Tessalonicenses 2:3-4  Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.

As profecias do Apocalipse revelam acontecimentos, sem precedentes, ainda por vir.

Apocalipse 12:12 Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Mas ai da terra e do mar! porque o Diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.

Ai da terra e dos que nela habitam.

•        Adão pecou e morreu.

•        Caim matou Abel.

•        Moisés matou o egípcio.

•        Abimeleque matou seus 70 irmãos.

•        Sansão matou com uma queixada de jumento a mil homens.

•        Davi matou 200 filisteus e depois matava 10 mil, enquanto Saul matava mil.

•        Atalia, filha de Jezabel, mandou matar toda a casa real de Judá da linhagem de Davi.

•        Herodes mandou matar todas as crianças até 2 anos nos arredores de Belém.

•        O povo de Israel matou o Filho de Deus, crucificando-o pelas mãos de iníquos.

E agora, mais perto dos nossos dias, nesse princípio das dores, com números de mortos nem sempre bem definidos.

  • 1ª guerra mundial: 22 milhões
  • 2ª guerra mundial: 85 milhões, incluindo 6 milhões de judeus no Holocausto.
  • 2ª guerra sino japonesa: 20 milhões. (1937-1945)
  • Revolução russa: 8 milhões, mais 20 milhões sob Stalin.
  • Revolução chinesa: 20 milhões, mais 40 milhões na Revolução cultural.
  • A ocorrer na grande tribulação: 2 bilhões de mortos!

Ezequiel 5:12 uma terça parte de ti morrerá da peste, e se consumirá de fome no meio de ti; e outra terça parte cairá à espada em redor de ti; e a outra terça parte, espalhá-la-ei a todos os ventos, e desembainharei a espada atrás deles.

A violência é um dos principais assuntos da mídia, o que claramente indica que ela faz parte da agenda do mundo. Mesmo sem entrar em detalhes, o que não seria edificante, o pouco que se possa saber de todas as atrocidades cometidas nas guerras e revoluções do século 20, com mortos que podem chegar, no total, a 200 milhões, pessoas e famílias brutalmente privadas de tudo que tinham, e por fim, de qualquer liberdade, dignidade e do direito à própria vida, tratadas como animais ou cobaias, torturadas ou exploradas em todos os sentidos, humilhadas, exauridas, pode-se ter uma ideia do que está por vir na grande tribulação.

Mesmo após o fim da guerra, todo tipo de atrocidades foi cometido pelas tropas de ocupação contra prisioneiros e civis indefesos e famintos em cidades completamente destruídas e sem qualquer infraestrutura ou proteção.

Quando o exército vermelho entrou em Berlim, uma cidade destruída, com uma população acuada de idosos, mulheres e crianças, ações bárbaras e covardes foram cometidas pelos soldados, sedentos de vingança e com seus instintos animalescos aflorados, contra a população, especialmente as mulheres, incluindo adolescentes e meninas. Mesmo que algumas delas tivessem participado do desvario nazista, elas eram civis desprotegidas, no meio ao caos, e não eram responsáveis pelos crimes monstruosos do estado alemão; e um crime não justificava o outro.

Jó 19:7 Eis que clamo: Violência! mas não sou ouvido; grito: Socorro! mas não há justiça.

Os profetas proferiram muitas palavras denunciando a violência (Salmo 11:2-7; 55:4-11; 74:19-20; Jeremias 51:45-46; Oséias 4:1-3; Habacuque 1:2-5).

Fome e sede na terra.

Apocalipse 6:5-6 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que estava montado nele tinha uma balança na mão. E ouvi como que uma voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Um queniz de trigo por um denário, e três quenizes de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.

Todas as guerras, corrupção e violência no mundo geram desigual distribuição das riquezas injustas, cada vez mais concentradas em poucas mãos, a destruição das vias de suprimento, de produção e cultivo, e segue-se muita fome, pobreza e escassez.

Das terríveis consequências das guerras no século passado, podemos descobrir um pouco do que está por vir, e do que seremos livres se deixarmos de confiar no caniço rachado do Egito ou deste mundo, para confiar somente no Senhor e O seguir por onde quer que vá.

Mas a fome envolve também aspectos espirituais, que já se fazem presentes na terra, me meio aos enganos e desvios dos últimos dias.

Amós 8:11-12 Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão.

Enfermidades e pestes.

Apocalipse 6:8  E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava montado nele chamava-se Morte; e o hades seguia com ele; e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com a fome, e com a peste, e com as feras da terra.

Após a fome e a escassez, vêm as enfermidades e a peste ou a maldição, primeiro por causa do pecado e suas consequências pela escassez da presença e da benção de Deus e depois do próprio corpo do homem ou do velho homem, sujeito à corruptibilidade e à morte.

Falsa paz.

1 Tessalonicenses 5:1-6  Mas, irmãos, acerca dos tempos e das épocas não necessitais de que se vos escreva: porque vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas; não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios.

Como as águas do mar, que recuam na praia, antes de um tsunami, haverá um curto período de aumento do engano, por uma falsa paz no mundo dos homens, que continuam buscando e confiando nas riquezas deste mundo e no caniço rachado do Egito e da Babilônia.

Daniel 9:27 E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador.

Grande tribulação.

Este será um tempo terrível que o Senhor disse que nunca houve desde o princípio do mundo, de forma que, considerando o que os poderosos, começando por Ninrode e todos os que o seguiram nas diversas cabeças do dragão, como a Assíria, a Babilônica, Roma, além dos que pretenderam ser cabeça e foram cortados como Hitler e seu 3º Reich de 1000 anos, Stalin e sua cortina de ferro e os muitos anticristos que tem se manifestado na história, não podemos nem mesmo imaginar o que está por vir.

Mesmo que a visão pós-tribulacionista, que considera que a igreja passe pela tribulação e seja arrebatada, conjuntamente, ao final dela, traga o peso da história e da ortodoxia da igreja – o que deve ser considerado e respeitado -, existem claros versos nas escrituras que indicam a possibilidade de um arrebatamento e livramento antecipado da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro.

Esses versos e as claras advertências de um arrebatamento repentino, levaram muitos irmãos a considerarem a visão pré-tribulacionista do arrebatamento de toda a igreja antes do período da grande tribulação e também a uma compreensão dispensacional da ação de Deus ao longo da história, com a separação do período da igreja na nova aliança do período de Israel na antiga aliança, a ser concluído na 70ª semana da profecia das setenta semanas entregue ao profeta Daniel pelo anjo Gabriel, após sua oração pela cidade de Jerusalém sobre até quando durariam as assolações.

Não devemos ser dogmáticos em relação às diversas posições sobre os acontecimentos finais ou ficar sempre argumentando contra a posição contrária ou tentarmos justificar nosso entendimento pelas escrituras, ao invés de se buscar um amplo entendimento e revelação pela leitura simples das escrituras, aceitando e mantendo a comunhão com irmãos que tenham entendimento diverso.

A aceitação do arrebatamento parcial dos vencedores antes da tribulação e de toda a igreja, após ou no meio da 70ª semana da profecia de Daniel, apesar dos argumentos contrários de gerar divisão no Corpo de Cristo, o que deveria ser bem mais considerado na atual expressão da igreja na terra, possibilita aceitar ambas as posições, ou seja, que podem haver santos que serão tirados da terra antes dos terríveis acontecimentos dos tempos finais, enquanto outros somente serão tirados após este terrível período.

Visões do arrebatamento.

2.1- Pré-Tribulacionismo.

Essa visão defende que a volta de Cristo se divide em duas etapas: secretamente para buscar a igreja, e em glória, sendo visível a todos após o período de grande tribulação. É por conta desse arrebatamento secreto que essa posição é chamada de Pré-Tribulacionismo.

No Pré-Tribulacionismo, geralmente, existe uma completa distinção entre a Igreja e Israel. Os pré-tribulacionistas dizem que, basicamente, Jesus veio para os judeus, porém os judeus O rejeitaram, e, então, Ele suspendeu, temporariamente, seus planos para Israel, e é aí que aparece a igreja, como uma espécie de “parêntese” na história. Portanto, como existe um plano especial para Israel, a igreja será tirada da terra antes da grande tribulação, que será um período onde a ira de Deus será derramada sobre os ímpios que ficaram na terra, e também um momento específico no tratamento de Deus com Israel.

No Pré-Tribulacionismo, como existe essa distinção entre os dois povos, e a igreja não tem nada a ver com o tratado de Deus a respeito de Israel, então ela não poderá estar na terra nesse momento. Esse período de grande tribulação durará sete anos, considerando uma abordagem das setenta semanas de Daniel (Dn 9).

Os textos mais utilizados para defender o arrebatamento pré-tribulacionista são: Romanos 8:1, 1 Coríntios 15:51, 1 Tessalonicenses 1:10; 4:17; 5:9 e Apocalipse 3:10. Outro argumento muito usado é que, após o capítulo 3, a palavra “Igreja” não é mais encontrada no livro de Apocalipse até aparecer novamente no final do livro. Dentro dessa linha de interpretação, durante o período de grande tribulação a igreja estará no céu participando das Bodas do Cordeiro.

2.2- Meso-Tribulacionismo

O Meso-Tribulacionismo defende que a igreja será arrebatada no meio da grande tribulação. Sendo a tribulação um período de sete anos, então haverá três anos e meio de paz e três anos e meio de muita dificuldade. Esse sistema tem muita similaridade com o Pré-Tribulacionismo, porém se difere na ideia de que o arrebatamento ocorrerá quando os três anos e meio de paz terminarem. Existem meso-tribulacionistas que defendem que a grande tribulação não terá necessariamente sete anos de duração.

A principal defesa do Meso-Tribulacionismo é uma cronologia dada em 2 Tessalonicenses 2:1-3, onde o Anticristo parece ser revelado antes do arrebatamento da Igreja, além de uma combinação entre a trombeta de 1 Coríntios 15:52 com a trombeta de Apocalipse 11:15.

2.3- Pós-Tribulacionismo

O Pós-Tribulacionismo defende que o arrebatamento e a segunda vinda de Cristo tratam-se de um único evento, e que ocorrerá após o período de grande tribulação. Nessa interpretação, a Igreja passará pela grande tribulação, que não precisa ser necessariamente um período de sete anos. Dentro do Pós-Tribulacionismo existem Amilenistas, Pós-Milenistas e Pré-Milenistas que defendem tal posição.

Os principais argumentos pós-tribulacionistas se baseiam em:

•        Jesus, em seu Sermão Escatológico nos Evangelhos de Mateus (24), Marcos (13) e Lucas (21), deixou claro que só voltaria após o período de grande tribulação.

•        Em 2 Tessalonicenses 2:3, o apóstolo Paulo afirma que, antes de Cristo voltar, o Anticristo se manifestará.

•        2 Pedro 3, o apóstolo Pedro também descreve a vinda de Cristo como um evento único.

•        No livro do Apocalipse, em nenhum momento é mencionado duas fases da volta de Jesus, e quando a segunda vinda é descrita, ela ocorre após o período de tribulação. O Arrebatamento da igreja (tanto dos vivos como dos mortos) ocorrerá antes do período de sete anos da Tribulação, ou seja, antes da 70ª semana de Daniel (Dn 9.24-27).

Resumo realizado e compilado pelo irmão Leonardo Dutra Rabelo – Grupo de Estudos Bíblicos – Belo Horizonte, Minas Gerais – Novembro 2019.