As Diademas – Significação Espiritual

Cristo apareceu com “muitos diademas” (ver Ap 19:12), pelo que não é de estranhar que Satanás usasse sete diademas, (Ver Ap 13:1, onde se lê sobre os “dez diademas” do anticristo, um para cada “chifre”).

Neste caso, os diademas se equiparam ao número das “cabeças”. As” cabeças” são soberanos, pelo que usam coroas, ou diademas. Os “chifres” também são reis, são soberanos, razão por que usam coroas, ou diademas.

A variação numérica não se reveste de grande significação. O “sete” fala da “perfeição”. O senhorio de Satanás se alicerça sobre uma completa maldade; o número “dez”, neste aspecto, fala do governo terreno, do curso completo do governo terreno.

Esse também está debaixo do domínio satânico, pelo que aparece aqui “coroado” com o poder e a autoridade de Satanás. A coroa (neste caso, “diadema”) é o símbolo do governo, do poder, da autoridade, “investidos” sobre um indivíduo qualquer.

O próprio Satanás exerce o governo supremo do mal. Mas ele exerce esse governo, na terra, por meio de soberanos humanos, que se deixam envolver pela sua influência satânica.

Nos últimos dias, Satanás exercerá “domínio completo” sobre a terra, conforme o número das coroas (ou “diademas”), conforme mencionado o número “dez” está a nos indicar; um para cada chifre.

Aqueles soberanos usarão as coroas, mas Satanás é que será o real soberano da terra, durante o período da tribulação. Aqueles soberanos serão apenas seus títeres.

1. Satanás é aqui apresentado como um adversário temível. Sua sabedoria consumada é utilizada a serviço do mal; e ele sempre encontra seu “homem” ou seus “homens” para que o manifestem na terra. Quão necessária se faz, pois, “toda a armadura de Deus” (ver Ef 6:11).

2. O contexto geral, entretanto, a despeito de representar a horrenda força e sabedoria de Satanás, mostra que Jesus Cristo triunfará, finalmente; e juntamente com Cristo triunfarão os seus seguidores. Nenhum mal final pode sobrevir a um homem verdadeiramente bom. Deus determinou que as coisas sejam assim.

3. “O homem de Patmos percebeu claramente que o âmago do mal é à vontade maligna O coração da entrega pessoal à maldade é o mais negro de todos os problemas morais.

Esse tipo de mal nunca consiste de um mal-entendido. Não se trata das boas intenções confusas. Mas é a franca e completa devoção ao mal, exatamente porque o mal é mau. Tudo isso é simbolizado pelo “grande dragão vermelho”.

É uma ambição apaixonada e inspiradora pela iniquidade que varre o firmamento inteiro. É a própria natureza dessa vontade maligna não somente desejar um trono, mas também desejar o trono do qual não pode participar. Gostaria de apossar-se até mesmo do trono de Deus.

E nada pode aplacar essa vontade maligna. O desejo de estabelecer condições de paz com aquilo que deve ser derrubado, é de ocorrência frequente na história… O símbolo do grande dragão vermelho é bastante repulsivo e maldoso, mas representa algo que não pode ser totalmente ignorado

As Coroas

As coroas são constantemente mencionadas na Sagrada Escritura, e representam várias palavras de significação diferente. No A.T. acham-se designadas:

  1. A coroa ou a orla de ouro em volta dos ornamentos do tabernáculo (Êx 25.11,24 e 30.3)
  2. A coroa do sagrado ofício, que o sumo sacerdote punha na cabeça (Êx 29.6 – v. 28.36,37)
  3. A usada pelo rei (II Sm 1.10) e, mais frequentemente, o diadema real (II Sm 12.30).

Emprega-se, também, simbolicamente, tanto a coroa sagrada (Sl 89.39) como a real (Pv 12.4 e 16.31 e 17.6). No N.T. fala-se do diadema real no Ap 12.3 e 13.1 e 19.12. Em outros lugares há referências à coroa da vitória (ICo 9.25 – IPe 5.4 – etc.), ou à da alegria festiva.

Para maior detalhamento ACERCA DOS DIADEMAS verificar as passagens bíblicas: Pv 1:9, Pv 4:9, Is 28:5, Is 62:3, Ez 21:26, além das passagens citadas de Apocalipse: Ap 12:3; 13:1 e Ap 19:12.

Para maior detalhamento ACERCA DAS COROAS verificar as passagens bíblicas através de uma chave bíblica dado os inúmeros locais e simbolizações em que aparecem nas Escrituras.