A Esmeralda

https://www.comproourobh.com.br/wp-content/uploads/2014/09/PedraPreciosaEsmeralda.jpg

“Os fundamentos da muralha da cidade estão adornados de toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento é de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda; o quinto, de sardônio; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de ametista”. Ap. 21:19-20.

A Esmeralda – O Apóstolo André

Vamos continuar com a ajuda do Senhor estudando as pedras preciosas que são uma parábola espiritual a respeito da Igreja, da esposa, que chega a ser a Nova Jerusalém; estas não são somente pedras preciosas; também são, mas nos falam muito além do reino mineral.

Quando o apóstolo Paulo disse para não edificarmos com madeira, com feno e palha, mas com ouro, prata e pedras preciosas, ele estava se referindo a coisas espirituais. Quando menciono esses materiais, os materiais bons ou maus representam coisas espirituais; o feno, a palha, madeira representam coisas espirituais; o ouro, a prata e também as pedras preciosas com as quais temos que edificar representam coisas espirituais.

No texto que lemos agora aparecem estas pedras preciosas e todas têm um sentido.   Vamos ao último pedacinho do verso 19: “O quarto, esmeralda”; o quarto alicerce do muro da nova Jerusalém é esmeralda; hoje vamos nos concentrar na esmeralda. Já vimos o jaspe, a safira e a calcedônia.

Aqui a esmeralda aparece em quarto lugar e tem o nome de um dos apóstolos; quando comparamos as listas dos apóstolos e as vemos no contexto geral do Novo Testamento, nos damos conta de que quem ocupa o quarto lugar dentre os doze apóstolos é o apóstolo André; sempre quem aparece em primeiro lugar na lista é Pedro, e então os filhos de Zebedeu: Tiago, que era o maior, que ocupa o segundo lugar, e João, que era o menor dos filhos de Zebedeu, que ocupa o terceiro lugar; estes três sempre apareciam em todas as partes;

Pedro, Tiago e João foram os que estiveram no monte da transfiguração, os que estiveram no Getsemani, os que estiveram na ressurreição de uma menina, etc.; sempre o Senhor escolhia estas três testemunhas íntimas. Mas outro que estava perto com eles e que inclusive foi o primeiro a ser chamado foi o apóstolo André.

O apóstolo André é o que se identifica com a pedra da esmeralda; a pedra esmeralda nos fala de André, embora todas as pedras nos falam de Cristo formado nos apóstolos, Cristo formado na Igreja, Cristo formado no corpo de Cristo; mas nem todas a pedras são iguais, nem todos os apóstolos têm o mesmo ministério; cada um tem sua particularidade.

Assim como existem doze meses, doze pedras, aqui doze apóstolos, também existem doze temperamentos; nem todos têm o mesmo temperamento; estão os quatro temperamentos básicos:

  1. O colérico,
  2. O sanguíneo,
  3. O melancólico
  4. O fleumático

e suas combinações; olhe que curioso, há doze temperamentos e são doze pedras, doze apóstolos, cada um com seu estilo, cada um com sua personalidade; muito interessante.

1ª Característica da Esmeralda – Absorção

A absorção da luz da esmeralda: André segue a Jesus   O apóstolo André foi o primeiro dos que seguiram ao Senhor; inclusive, o apóstolo André, antes de ser discípulo do Senhor foi discípulo de João Batista junto com o apóstolo João; no capítulo anterior vimos isto no evangelho de João, mas vale a pena voltar ali no evangelho de João para vê-lo com o André; e o que nos diz sobre André tem algo haver em relação a esmeralda.

Vamos a João 1:35. É curioso que essas coisas aconteceram um dia após outro; como no 35, no verso 29 (e no 43) também diz: “o dia seguinte”, ou seja, quando vieram a perguntar a João Batista, se você não é o Cristo, por que você batiza? e tal e tal; e no dia seguinte João diz que viu Jesus que vinha e diz: Este é o Cordeiro de Deus; e “35 No dia seguinte (ao terceiro dia) estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos”.

Nos damos conta de que André, como diz mais adiante, era uns dos discípulos de João Batista; no verso 35 não o diz, mas no 40. “36 e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! “; disse João Batista a André e a João. “37 Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus.38 E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que traduzido é, mestre), onde moras?”

Buscamos a ti. Interessante. Não lhe perguntaram coisas, não. Disseram: este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e André e João imediatamente seguiram a Jesus.   Irmãos, isto nos fala de uma primeira característica da esmeralda; a esmeralda tem uma característica que é a absorção da luz; a esmeralda é uma pedra preciosa e uma de suas principais características, a diferença de outras pedras, é a absorção.

A esmeralda é uma pedra que absorve a luz; a luz entra nela de uma maneira muito diferente das outras pedras; caracteriza-se pelo tipo de absorção. Quando Deus tinha profetizado pelo profeta Malaquias, havia dito que Elias viria antes do dia grande e terrível do Senhor a converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais; esse era um dos ministérios que o Elias profetizado tinha que cumprir; o Senhor Jesus em Mateus 11 e 17 nos diz que esse Elias que tinha que vir é João Batista; significa que João Batista veio para cumprir a profecia a respeito de Elias.

E um de seus ministérios era converter o coração dos filhos aos pais; outro dos ministérios é o que está na profecia em Malaquias 3:1, onde diz que antes de vir o Senhor enviaria Seu mensageiro, e que o mensageiro prepararia o caminho, assim como diz também Isaías capítulo 40, que João Batista aplainaria o caminho do Senhor, do próprio Yahveh; e agora vemos que João Batista esteve trabalhando os corações de muitos discípulos, entre eles André e João.

Deus preparou o coração de André através do trabalho do João Batista.   André foi um dos filhos cujo coração foi convertido aos pais, à fé dos pais; ele esperava o Messias porque João Batista anunciava o Messias. Aqui o vemos: logo que João Batista lhes indica quem é o Messias, eles o seguiram; porque o Senhor tinha mostrado; disse: ” Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo” (Jo. 1:33); e João Batista viu isso e deu testemunho que ele não era o Cristo; que o Cristo era outro; que ele não era a luz, que a luz era outro.

De modo que André e João foram os primeiros que seguiram ao Senhor Jesus até antes de que o Senhor Jesus os chamasse; antes de que o Senhor Jesus os chamasse e os congregasse, eles foram preparados por João, e seguiram ao Senhor Jesus. “39 Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima”.

Eram como as 4 da tarde; a nona hora é mais ou menos as 3 da tarde; já estava entardecendo, como quem diz, ia acabar o dia, porque segundo a Bíblia, o dia acaba quando o sol se põe, e começa a tarde e a manhã do dia seguinte; ou seja, quando o sol se põe começa o outro dia.   “40 Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus”.

Aí está a capacidade de absorção da esmeralda; primeiro captou a luz em João Batista: Os outros diziam: não, este tem demônio; mas não, ele captou, embora João mesmo não era a luz, tinha um pouco de luz; a verdadeira Luz que vinha a este mundo era Cristo. André era alguém que valorizava as coisas, alguém que podia perceber; isso é o que está representado na capacidade de absorção da esmeralda; podia perceber e logo seguiu a Jesus.

Na história da igreja primitiva André se chamava: André o protocleto; ou seja, o primeiro em ser chamado, pois André foi o primeiro que seguiu ao Senhor; nenhum dos outros apóstolos aparece no primeiro lugar assim como aparece André quanto ao que foi o primeiro que seguiu ao Senhor Jesus; ele foi quem chamou a Pedro.   “41 Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo)”.

Olhem que percepção, com umas horas que esteve com Jesus; olhem a capacidade de absorção da esmeralda, e a capacidade de captação do André. tinha estado com Jesus um só dia. Tinha ouvido João Batista, acreditou no João, e seguiu a Jesus. João havia dito: “quem tem a esposa, é o marido” (Jo. 3:29); e ele era o amigo do marido.

João não estava ciumento de que ele diminuísse e Jesus crescesse; ele sábia que tinha que ser assim. André seguiu ao Senhor Jesus. “achamos ao Messias”. Desde o começo, inclusive antes de que Felipe dissesse o mesmo a Natanael, ele foi o primeiro apóstolo que falou desta maneira, pois o primeiro foi João Batista: “Este é o cordeiro de Deus”; este é o ministério de João Batista; mas logo aparece André.

A capacidade de absorção opera a bênção.  André aparece também em outros lugares com esta mesma característica. O quinto apóstolo é Felipe. João 12 registra que vieram uns gregos perguntar ao Felipe: queremos ver Jesus. Mas olhe a quem Felipe se dirigiu, ao André. Felipe foi a André e lhe disse: olhe, querem ver Jesus; e então André foi ao Senhor Jesus e apresentou os gregos.

Note que Felipe não foi direto; Felipe era o quinto em autoridade; o quarto era André. Felipe foi a André. Outro dia o Senhor disse a Felipe (João 6): “5 Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer? Mas dizia isto para o experimentar “. O Senhor às vezes nos prova quando as coisas parecem impossíveis: uma multidão e não havia com que alimentá-los.

Felipe perguntou ao Senhor: O que faremos para alimentar esta multidão? e Felipe fez cálculos: bom, duzentos denários de pão não bastariam para toda esta multidão; mas por outro lado André não fez cálculos; André agarrou uns pãezinhos e uns peixinhos que um menino tinha e disse: olhe, aqui está este menino, há isto. O outro fez cálculos, mas André não fez cálculos; André trouxe os pãezinhos e os peixinhos; claro, o que é isto para tanta gente? mas os trouxe para Jesus; ou seja, se fosse por nós, isto não basta, mas a decisão é sua de pôr nas mãos do Senhor.

Isto é capacidade de absorção; esse é André; e o Senhor abençoou esses pães e esses peixes e alimentou a multidão e sobraram vários cestos cheios; isso é uma bênção de Deus. Uma bênção é uma operação de Deus além de nossos cálculos. Note que nós dizemos: com cinquenta posso comprar tal coisa; uma bênção é que pode comprar mais do que alcançam os cinquenta; em uma semente, nós dizemos: bom, eu semeio um e colho trinta; no máximo colho cem; mas se colhe cinco mil isso é uma bênção.

Sempre que nós fazemos cálculos ao estilo Felipe não abrimos a porta para a bênção, em troca André, embora em si mesmo sabia que isto não era o suficiente, ele atuou, trouxe para o Senhor Jesus; olhe, Senhor, há isto; como quem diz, nós já lhe vimos fazer muitas coisas, creio que você pode fazer algo; e o pôs nas mãos do Senhor, e o Senhor fez esta obra. Esse é André, essa capacidade de captar; primeiro captar a João, segundo captar que Jesus era o Messias, seguir ao Messias.

André acompanhou ao Senhor desde o começo; quando o Senhor na Judéia decidiu ir para a Galileia, foi com Seus discípulos e lá se foi André; quando foram a Caná da Galileia e converteu a água em vinho, lá estava André; desde o começo um dos que seguiu ao Senhor Jesus foi André. Do apóstolo André nos fala bastante essa pedra que aparece como esmeralda na Nova Jerusalém, com o nome do André; não se refere somente ao que do André se diz na Bíblia; refere-se a todo o trabalho do Senhor com o André até a morte de André; inclui a porção da vida do André que não está na Bíblia, mas que aconteceu e que está na história da Igreja.

Ministério e morte do André.  André foi o apóstolo inicial aos Citas, os da Rússia, os do Cáucaso; o apóstolo André subiu para o Cáucaso pouco a pouco e evangelizou na Partia e na Citia, o que hoje é a Rússia, e os países do Mar Negro. Depois veio descendo pela Ásia Menor até chegar a Éfeso, e esteve junto com o apóstolo João; e a história conta que os anciãos da Ásia Menor lhes pediram que escrevessem o aspecto interior da vida de Cristo, porque os outros evangelistas tinham escrito o aspecto exterior; e então João lhes propôs que orassem e jejuassem três dias para ver que direção lhes dava o Senhor; e oraram três dias e jejuaram, e o Senhor em um sonho revelou a André que era João quem tinha que escrever; isto a história primitiva conta.

Então o apóstolo André lhes contou o sonho que tinha recebido do Senhor; disse a João, e em obediência a André e ao Senhor através do sonho que André teve, escreveu o quarto evangelho. André esteve junto um tempo com João em Éfeso; e Lucas, que tinha iniciado o trabalho no que antes se chamava Bizâncio, que depois virou Constantinopla e hoje é Istambul, quem iniciou a evangelização lá foi Lucas, mas logo foram André e João e desenvolveram o trabalho de Lucas, nomearam os bispos não somente de Constantinopla, que nesse tempo era Bizâncio, mas na Nicomédia; e em todas essas regiões estiveram os apóstolos João e André trabalhando juntos.

Depois o apóstolo André veio para o que se chama o Peloponeso, Acaia da atual a Grécia, e ele esteve trabalhando com as Igrejas que Paulo tinha fundado na Acaia e com outras que Paulo não tinha fundado; e o principal porto era o porto de Patras, aonde o apóstolo André esteve evangelizando; depois de ter evangelizado a Rússia e os países próximos do Mar Morto e o que é a Ásia Menor, chegou a Grécia e lá o mataram; por que ele evangelizou a Maximila, que era a esposa do procônsul, um dos principais lá, que era um homem que se incomodou muito porque Maximila se converteu a Cristo; então ele agarrou a André e o ameaçou com a morte caso não se retratasse à respeito de Cristo; e ao mesmo tempo que Egates, que assim se chamava este procônsul, o marido da Maximila crente, tratava de dizer a André que se retratasse de Cristo, ao mesmo tempo André dizia pra ele não ir pro inferno, que recebesse ao Senhor; isso era uma guerra de morte.

Inclusive o mandou crucificar em uma cruz como um X; diz a história que não foi com pregos, foi amarrado; por isso o X se chama a cruz de Santo André, porque André foi crucificado em uma cruz assim, lá em Patras na Grécia; por isso hoje em dia a principal catedral da região é a catedral de Santo André lá na Grécia; e enquanto André estava morrendo, Egates vinha a lhe dizer ainda que se retratasse, porque o povo se levantou contra o procônsul porque o povo gostava muito de André; então ele veio diante da cruz em X a tratar ainda de lhe dizer que caso se retratasse iria soltá-lo; e André não se preocupava consigo mesmo, mas em lhe falar da salvação, que era ele que tinha que receber ao Senhor; que era ele o que tinha que cuidar de sua própria alma.

Este homem se zangou tanto que antes de crucificá-lo tinha mandado torturar; ou seja, o crucificou depois como suplício; ao fim André morreu e o homem não se converteu. Maximila se converteu, e o homem foi escrever uma carta a César de Roma, porque era um procônsul, para pedir autorização para divorciar-se de Maximila sua esposa e perseguir os cristãos; e enquanto o homem estava escrevendo essa carta, os demônios o agarraram e o homem se atirou pela janela e caiu na praça do mercado; se suicidou. Um caso terrível, mas André fez o possível enquanto estava morrendo.

O procônsul lhe dizia que se retratasse, e André que aceitasse, ainda morrendo. Diz-se que André até ria na cruz; o outro pensava que com as torturas o ia convencer, e André lhe dizia: não pode vencer ao que está em Cristo. A morte de André foi uma coisa tremenda.   André, provado como a esmeralda

2ª Característica da Esmeralda – Fluorescência

Pressão:

Irmãos, vimos o primeiro aspecto da esmeralda, que é a absorção; a esmeralda também se reflete aqui na vida do André, por outra característica que tem que se chama a florescência. Quando os peritos em esmeraldas vão examinar as esmeraldas pra ver se são verdadeiras ou não, porque há esmeraldas falsas, as esmeraldas falsas, quando se submetem a PRESSÃO, explodem, estalam, não aguentam a prova; em troca a esmeralda verdadeira suporta a pressão e resulta mais preciosa, e as melhores esmeraldas do mundo, reconhecidas pelos peritos em gemologia, a ciência das gemas, são as esmeraldas da Colômbia, especialmente as do Muzo; os peritos tomam uma esmeralda e com apenas um olhar dizem: esta é de Muzo, esta é do Coscués, esta é de Chivor, ou de Somondoco; estas são da Austrália, estas são do Paquistão. Esta é do Muzo! Esta é da Colômbia.

Fluorescência:

Os gemólogos valorizam tremendamente as esmeraldas da Colômbia. As esmeraldas têm uma identidade interna; elas têm umas intrusões de pirita, às vezes de gás; e essas intrusões são como a assinatura da esmeralda, como a assinatura da procedência e da mina; então as esmeraldas têm uma identidade e são submetidas a uma prova; e a prova da esmeralda é que a colocam em um filtro que se chama o FILTRO DE CHELSEA, que foi quem inventou esse tipo de filtro para provar as esmeraldas.

É um filtro que emite luz polarizada em distintos ângulos; vocês sabem que a luz se decompõe no arco íris; então envia a luz em distintos ângulos, e a esmeralda que é genuína, a esmeralda que é verde, ao submeter-se ao filtro dá um REFLEXO VERMELHO e se vê vermelha; ou seja que o reflexo é vermelho quando a esmeralda é verdadeira.

As esmeraldas que não são de qualidade, ou que são falsas, seguem sendo verdes; não mostram que dentro do verde está o vermelho; então quando se examina a esmeralda legítima através desse filtro, vê-se o vermelho, a luz vermelha desprendendo do verde; quando olha por fora é verde, quando olha por dentro é vermelha; e isso é muito significativo, porque a cor verde é a cor da vida, é a cor da esperança; mas quem pode ter vida e quem pode ter esperança se não for pela morte de Cristo, se não for pelo sangue de Cristo?

Uma esmeralda falsa não tem a Cristo; por isso não suporta a pressão e estala; em troca uma esmeralda verdadeira tem verdadeiramente vida no interior, e por isso pode suportar a prova como a suportou André. André ficou na cruz como quatro dias; torturaram-no e ficou pendurado vivo na cruz por quatro dias e trataram até o último de vencê-lo, e o Senhor permitiu que seu servo fosse provado até o último; e ele até ria; isso é por que passou a prova; verdadeiramente era um crente, verdadeiramente era alguém que foi leal e que estava seguro do que acreditava; ele tinha visto o Senhor.

A primeira prova na esmeralda é a pressão; então tão logo a esmeralda legítima se submete à prova, a suporta e fica mais preciosa. A segunda prova é a do filtro; resulta que tem luz vermelha, sua florescência, luz vermelha, e se vê vermelha, um vermelho formoso; a esmeralda verde por dentro tem um vermelho; isso nos mostra precisamente que o verde é cor da vida, cor da esperança, porque dentro tem ao Senhor, porque é um redimido, porque na verdade acreditou no Sangue de Cristo; por isso tem vida e por isso tem esperança; a pessoa que não recebeu ao Senhor não tem nem vida nem esperança.

Exatamente essa é a segunda característica da esmeralda que Deus a talha na prova; foi submetida à prova, ao filtro da cruz em X, e demonstrou realmente quem era, e descansou. Inclusive as outras pessoas gritavam para que o soltassem, e ele mesmo lhes dizia da cruz que não se preocupassem, que ele ia partir com o Senhor, que ele já terminou seu testemunho, que deixassem ele entregar sua vida ao Senhor. E o outro homem, que crucificou André, se suicidou e aonde foi parar? terrível, não suportou a questão.

A esmeralda no trono de Deus

Agora vamos a Apocalipse capítulo 4, onde aparece a esmeralda de uma maneira especial; no trono do Senhor aparecem especialmente três pedras preciosas: o jaspe, o sárdio, que aqui se traduz cornalina, que no grego é sárdio, que é o mesmo, e a esmeralda.

Leiamos Apocalipse 4:1 em diante para contexto imediato, para ver as características da esmeralda, de Cristo formado em André, de seu testemunho.

“Depois destas coisas (das sete Igrejas, dos sete candeeiros, capítulos 2 e 3) olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu (primeiro o Senhor lhe mostrou a história no mundo visível, e no mundo em que a Igreja viveria os capítulos 2 e 3; e agora lhe mostra a cena celestial, a cena por trás dos bastidores) como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui (já está no plano do mundo visível; agora vem ver o que para você é invisível) e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas “. O Soberano, que conhece e tem em sua mão o futuro. “Imediatamente (porque quando Deus faz algo é imediatamente) eu me achei em espírito (e o que viu primeiro? não pode ser outra coisa a não ser o trono; não se pode ver o futuro sem ver quem está no trono; pode-se conhecer o futuro se soubermos quem está no trono) e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado; e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de cornalina (que no grego se diz sárdio) e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.”.

Aqui aparece a esmeralda relacionada com o arco íris ao redor do trono. Deus talvez poderia escolher outra pedra; o Espírito Santo poderia talvez inspirar outra coisa; João talvez poderia ver algo diferente, mas João associou o arco íris à esmeralda. O arco íris tem várias cores, mas diz que era semelhante em aspecto à esmeralda.

A esmeralda implica a Lealdade

A esmeralda se relaciona também, não só com o verde da vida, com o verde da esperança, mas também se relaciona com a lealdade do pacto, porque isso é o que significa o arco íris.

A primeira menção do arco íris foi em Gênesis depois da prova, depois do dilúvio registrado em Gênesis capítulos 7, 8 e 9, quando Noé saiu da arca; no capítulo 9 aparece o pacto de Deus com o Noé; e depois de lhe dizer outras coisas, diz:

“Disse também Deus a Noé e a seus filhos: Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e com a vossa descendência, e com todos os seres viventes que estão convosco: tanto as aves, os animais domésticos e os animais selváticos que saíram da arca como todos os animais da terra. Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra. Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações: (qual é o sinal do pacto?) porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra. Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne. O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra.”.

Por esta passagem se vê claramente o que é o arco íris; o arco íris é o pacto de Deus, o sinal do pacto é a lealdade de Deus; houve um julgamento sobre a terra que foi o dilúvio, mas Deus disse que não vai haver mais dilúvio; e o arco não é somente para que nós o vejamos, é para que Deus mesmo o veja; ” então, me lembrarei da minha aliança “; ou seja, muitas vezes possivelmente Deus estaria tentado a voltar a castigar ao mundo com dilúvio de águas, porque certamente as coisas que os antediluvianos fizeram, hoje estão fazendo de novo; por isso é que na próxima vez que o Senhor destruir o mundo não será com água mas com fogo, porque com água já disse que não o faria mais; mas o fará com fogo.

Mas do que nos fala o arco íris do pacto de Deus? que é um pacto, é uma aliança que implica lealdade, implica cavalheirismo, guardar a palavra; e quando em Apocalipse 4 vemos que ao redor do trono de Deus está o arco íris, está mostrando que Deus é um Deus fiel, é um Deus que cumpre as promessas; mas o curioso é que João viu que esse arco íris era semelhante em aspecto à esmeralda.

A esmeralda representa o arco íris, porque o arco íris se mostra em aspecto de esmeralda. Deus associa a esmeralda com o arco íris. Do que nos fala a esmeralda? fala-nos de lealdade; fala-nos não só de vida, fala-nos não só de esperança, fala-nos não só de verdade, de genuinidade e de autenticidade, mas nos fala também de lealdade; disso também fala a esmeralda porque a esmeralda é a aparência do arco íris, e o arco íris representa o pacto, e o pacto implica lealdade, implica todas estas coisas.

A concatenação dos alicerces e das pedras

Agora, onde aparece a esmeralda na série das pedras preciosas? no quarto alicerce.

1º Jaspe – Revelação

O primeiro alicerce é o jaspe, e o jaspe representa revelação; o jaspe está relacionado com Pedro. “Não te revelou isso nem carne nem sangue, mas meu Pai que está nos céus”; e te darei as chaves e sobre esta rocha, não sobre ti, mas sobre esta rocha, o que você acaba de confessar, quem sou eu, o Filho do Deus vivente, Jesus o Cristo, sobre esta rocha edificarei minha Igreja; então a edificação começa por revelação, por ter a luz de Deus e conhecer as coisas à luz de Deus e não à luz natural; a luz natural é a luz de nossas opiniões; a respeito de Jesus há muitas opiniões; assim uns dizem que é João Batista, que veio dos mortos, que é Jeremias ou alguns dos profetas; e os apóstolos não disseram outra coisa que diziam, alguns diziam que ele era Belzebu, que pelos poderes de Belzebu fazia milagres; em troca houve revelação do Pai à Pedro, e disse: “Tu és o Cristo”; já não era uma opinião; há coisas que se conhecem por opinião, coisas que se conhecem de segunda mão, por repetição; mas disse Jesus a Pedro: “Não te revelou isso nem carne nem sangue”; Pedro não está repetindo isso de segunda mão, mas foi revelado diretamente por meu Pai; assim se Deus te dá a revelação, claro que pode estar de acordo com outros anteriores, mas não os está repetindo, mas está concordando porque você tem a mesma revelação. A revelação é ver as coisas à luz de Deus e não à luz natural de nossa própria opinião.

2º Safira – Deus Julga

Sobre a base do jaspe se edifica a safira; em outra ocasião vimos o que quer dizer a safira, com que tribo se relaciona a safira; assim como Pedro se relaciona com Benjamim, Benjamim era o último e o Senhor havia dito que os últimos serão os primeiros, então Pedro ficou por primeiro, porque era a pedra de jaspe, que corresponde com Benjamim, o último.

Sobre a base da luz de Deus há o juízo sobre o pecado; que é o que significa a safira, que corresponde a Dã, ou seja, Deus julga. Quando a pessoa tem luz, a pessoa julga o pecado; quando a pessoa julga o pecado, a pessoa sai do centro e se esconde; aí está calcedônia, aí está João; quando a pessoa tem luz de Deus, julga o pecado e sai da centralidade e renúncia a seus interesses pessoais; então é uma pessoa leal, então é uma pessoa que cumpre compromissos, é uma pessoa que é capaz de ser pacificador e mediador, é uma pessoa fiel.

Uma pessoa que tem interesses pessoais não é uma pessoa fiel; mas o que diz o Senhor no Salmo 15:4? que com Ele se assentará aquele ” aquele que jura com dano seu, e contudo não muda” sua palavra; se ele fez um compromisso, e depois se dá conta de que por esse compromisso vai sair perdendo, ele não retrata o compromisso; ele é fiel, ele é leal, ele mantém sua palavra até com perda pessoal; isso é o que representa a esmeralda, mas isso só se pode dar sobre a base do anterior, sobre a base de jaspe, da safira, da calcedônia, e então aí segue a esmeralda.

A esmeralda descansa sobre a calcedônia, a calcedônia descansa sobre a safira, a safira descansa sobre o jaspe; sobre a luz, sobre a revelação, descansa o juízo do pecado; sobre isso descansa o sair do centro, o esconder-se, o não ser o centro; o centro é o Senhor; julgar, não só o pecado, mas o eu também; porque uma coisa é julgar o pecado ou os pecados; outra coisa é julgar o eu.

Temos que ser livres do pecado, dos pecados, do eu e do natural; sobre a base da calcedônia então vem a esmeralda, sobre a base de negar-se a si mesmo, sobre a base de sair do centro e não focar só em meus interesses, só sobre essa base posso ser leal.

A Negação do eu e a relação com a lealdade

Eu não posso ser leal, não posso cumprir meus compromissos com outra pessoa, se eu for uma pessoa que só estou centrado em mim mesmo, em meus interesses; somente vou ser uma pessoa que vou usar os outros, vou fazer pactos com outros para usá-los para meus interesses, mas não vou ter interesse no outro nem vou cumprir minha palavra; só quando vejo à luz de Deus julgo o pecado, julgo a mim mesmo, saio do centro; o que me interessa é honrar a Deus; aí é quando vou ser uma pessoa leal, aí é quando vou ser uma pessoa como esmeralda, que tem vida provada e aprovada, que tem vida porque suporta a prova; essa prova a qual é submetida a esmeralda, do verde sai o vermelho, que tem verdadeiramente vida; então vai ser uma pessoa fiel; a esmeralda nos fala de tudo isto.

3ª Característica da Esmeralda: Dicroísmo

O dicroísmo da esmeralda e a intermediação de André

Mas há outra coisa que está relacionada, que é uma terceira característica da esmeralda, que já vimos também na safira, que a esmeralda também tem; é o dicroísmo.

Chamam de dicroísmo a capacidade de algumas pedras preciosas de apresentarem diferentes cores dependendo do ângulo que se olhar; quando você olha a esmeralda e a submete a um raio que se chama extraordinário, reflete uma luz que é como verde azulada aveludada; e quando a submete à luz do raio ordinário, então apresenta uma luz verde mais amarelada, mais dourada; significa que a mesma esmeralda apresenta diferentes cores segundo a luz que está exposta; (se estás focando com o raio que se chama extraordinário, que se chama assim com esse tipo de características, reflete uma luz verde puxando pra azulada e aveludada; ao passo que quando é refletida pelo raio ordinário reflete uma luz diferente também verde mas como se fosse um verde puxando pro amarelado).

Raio Extraordinário Esmeralda aparece como Verde Azulada

Raio Ordinário Esmeralda aparece como Verde Amarelada

A esmeralda brilha, pois, com duas classes de cores, sem contar o da prova de florescência com o filtro da Chelsea que é a faz ficar vermelha; essa característica se chama dicroísmo, e isso quer dizer que a pessoa ilumina conforme o ângulo que a outra pessoa a vê; pode estar em vários ambientes; é uma pessoa que pode ser intermediária.

Justamente Felipe chegou a usar André como intermediário para chegar ao Senhor Jesus; André foi o intermediário entre o Pedro e o Senhor Jesus, foi o que trouxe Pedro para o Senhor Jesus; André foi intermediário para que João escrevesse o evangelho; o dicroísmo é a terceira característica da esmeralda; a primeira é uma tremenda capacidade de absorção; florescência, em vermelho quando se submete à prova do filtro da Chelsea; e a terceira, o dicroísmo; mas agora vamos passar uma quarta característica da Esmeralda.

4ª Característica da Esmeralda: Melhoria da Visão

A esmeralda, por ter essa cor verde, tem a capacidade de melhorar a visão, melhorar a vista, porque as cores afetam a vista; Deus escolheu justamente que o céu fosse azul e a natureza, os pastos, as árvores, fossem verdes porque descansa a vista; uma pessoa olha o mar e descansa a vista; comprovou-se, diz pelo menos a tradição antiga, que a esmeralda serve para melhorar a visão.

As pessoas olham a esmeralda e a luz da esmeralda descansa a vista e melhora a visão; outra característica da esmeralda, além da absorção e outras, é que melhora a visão.

A esmeralda e a tribo de Judá

5ª Característica na Esmeralda: O Esculpo

Esculpo Entalhar, Gravar, Cinzelar

Agora passemos a um quinto ponto da esmeralda: o esculpo da esmeralda. Vocês sabem que cada pedra preciosa não resulta de nada fácil; só se pode ser precioso quando se passou por terríveis processos.

Primeiro, a esmeralda também é uma pedra intrusiva; quer dizer que é uma pedra que se forma dentro de outras pedras que não são preciosas. Para que uma pedra seja preciosa tem que estar submetida a pressão por outras pedras que não são preciosas.

Existem outras pedras que se chamam pegmatites, nas quais, dentro delas, se forma a esmeralda; vêm as correntes hidrotermais, que são as que trazem os elementos da esmeralda, porque a esmeralda é da classe dos berilos; os berilos são um grupo de pedras preciosas entre os quais está a esmeralda, que têm a característica de ter o elemento químico chamado berilo; as esmeraldas, além de ter outros elementos, têm berilo; as pedras preciosas que têm berilo formam o grupo dos berilos.

Há uma pedra preciosa que se chama berilo; outra do mesmo grupo, ou parente, é a esmeralda; outra parente é a água-marinha; outra é a morganita que é de cor rosada; há outra que se chama a bauxita, outra se chama heliodoro.

Todas estas são pedras preciosas; o heliodoro, como diz o nome, hélio, sol, é amarelo dourado; todos estes são tipos de berilos; existe também um que se chama em português boca du fogo (boca de fogo), porque é originário das Minas Gerais do Brasil; todas estas pedras preciosas, inclusive berilos pardos e negros, formam o grupo das pedras preciosas dos berilos; a esmeralda pertence aos berilos; por isso quando você vê ali em Êxodo, quando aparecem as pedras do sumo sacerdote, pode ver que aparece ali uma espécie de confusão devido à tradução, não da Bíblia. Êxodo 28:17-20:

“E o encherás (ao peitoral do juízo com o Urim Tumim) de pedras de engaste, com quatro ordens de pedras; a ordem de um (primeiro)  sárdio, de um (segundo) topázio (em hebraico pitheda) e  de um (terceiro) carbúnculo” (em hebraico berequet, de onde vem a palavra berilo; berequet alguns não traduzem como carbúnculo; alguns inclusive a traduzem também como esmeralda, porque a esmeralda também é um dos berilos). Então a verdadeira terceira pedra é o berilo. E logo diz: “E a segunda ordem, (o quarto) será de uma esmeralda”; o quarto dos filhos do Jacó, Judá, é esmeralda.

O primeiro filho do Jacó foi Ruben, ao que lhe corresponde o sárdio; o segundo filho de Jacó: Simeão, ao que lhe corresponde o topázio; o terceiro filho do Jacó: Levi, ao que lhe corresponde o berequet ou berilo; aqui o traduziram como carbúnculo, mas a tradução mais exata é berilo; e o quarto filho, que corresponde à esmeralda, é Judá.

Vamos ler um pouco sobre Judá, porque ao ler sobre Judá estamos lendo acerca da esmeralda; na ordem de nascimento, de Léia nasceu Judá; de maneira que o Senhor Jesus Cristo veio por Léia e não por Raquel; porque Deus é mais leal que Jacó.

A esmeralda representa a fidelidade de Deus

Vamos a Gênesis 29:35: “E concebeu outra vez, (isto foi Léia) e deu à luz um filho, dizendo: Esta vez louvarei a Yahveh; (o que quer dizer Judá, louvar a Yahveh) Por isso chamou-o Judá; e cessou de dar à luz.”; então o nome Judá vem de louvarei a Yahveh.

Se vocês olharem em suas Bíblias o nome de Judá, o significado é louvarei. Passemos à profecia do Jacó em Gênesis 49:8, onde fala de Judá. A bandeira do Judá é de cor azul celeste; era o que levava a bandeira; no Oriente estava Judá com Isacar e com Naftali; Judá levava a bandeira. “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; (Judá quer dizer louvarei) a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; (por que? porquê da tribo de Judá viria o Messias, que esmagaria a cabeça da serpente, que é o inimigo) os filhos de teu pai a ti se inclinarão”. Por que? porque o reino foi dado a Judá; o reino veio pela tribo de Judá; os reis foram os reis de Judá; por isso diz: os filhos de seu pai se inclinarão a ti. “Judá é um leãozinho; (por isso se fala Leão de Judá) da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló “.

Siló quer dizer o enviado; a tribo de Judá manteria o reino até que viesse o enviado: Embora Nabucodonosor conquistou Israel e conquistou Jerusalém, entretanto nomeou um descendente de Judá que foi Zedequias; Joaquim era de Judá, e pôs Zedequias; e assim continuaram; logo quando Zorobabel era o governador restaurou a casa de Deus; ele era também descendente de Judá.

Quando estava por chegar o Messias, então Herodes foi o que mandou matar aos meninos para matar ao Messias. Herodes toma o governo como idumeu, e deixou de ser de Judá, mas nesse momento nasceu o Messias; por isso diz: “Não será tirado o cetro do Judá…, até que venha Siló”. O enviado é Cristo; logo que Herodes tomou o governo mesmo como idumeu, nesse momento nasceu o Messias; ou seja, que a profecia se cumpriu perfeitamente.

Judá é a tribo do Messias, e por isso o pacto que Deus fez desde o começo, que disse Deus a Adão e a Eva: a Semente da mulher esmagará a cabeça da serpente; isso foi um pacto. Deus tem que ser fiel a esse pacto; depois disse da semente de Abraão; ou seja, que essa semente da mulher viria pela semente do Abraão; depois viria por Judá; depois viria por Davi; e quando vemos o trono, vemos no trono um arco íris semelhante em aspecto à esmeralda; porque Deus é fiel a Seu pacto, e realmente veio a semente da mulher porque Jesus nasceu da virgem Maria, que era da tribo de Judá.

A esmeralda, o arco íris, representa a própria fidelidade de Deus; só que Deus quer que Sua fidelidade não fique somente nele, mas se forme no homem. “Façamos ao homem a nossa imagem”; essa fidelidade do Senhor se formou em André, e por isso André identificado na esmeralda, e sobre a esmeralda se coloca o nome do André.

Alguns traduzem nefek em hebraico como ántraka, esmeralda. Ántraka de André. Mas o Senhor havia dito aos doze Apóstolos: Vós que me acompanhastes em minhas provas, eu lhes atribuo um reino, e julgarem as 12 tribos de Israel.

A tribo da esmeralda é Judá; o apóstolo da esmeralda é André; portanto o apóstolo que julgará a tribo de Judá é André, porque note que em Judá apareceu o testemunho do evangelho; apareceu João Batista.

Quem foi que acreditou em João Batista? então por nossa fé se condena o mundo; quando você crê, o mundo é condenado. André acreditou em João e André identificou a Jesus e seguiu a Jesus, o Messias; então André vai julgar às pessoas de Judá; o povo de Judá serão julgados pelo apóstolo André, como o de Benjamim pelo apóstolo Pedro, como a de Dã pelo apóstolo Tiago filho de Zebedeu.

Sigamos lendo a profecia a respeito de Judá: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló “. Siló quer dizer o enviado, o Messias; por isso o Senhor Jesus, quando abriu os olhos ao cego, isso é arrumar a vista como faz a esmeralda, disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé; e ele foi e se banhou no tanque de Siloé e viu; Siloé era o prometido ao Judá, e por isso diz que não seria tirado dentre seus pés, dentre suas pernas; seu descendente seria o Messias, seria o enviado, e o enviado abriu os olhos no poço do Enviado, no poço do Siloé.

Nos embriaguemos da videira verdadeira

Diz algo mais aqui. Já está a primeira profecia de que o Messias, embora seja de Judá, não só é dos Judeus; como disse o Senhor Jesus: Tenho outras ovelhas que não são deste redil; ou seja, os gentios; a estes também devo trazer.

Embora o Senhor lhes tinha falado claramente dos gentios, os apóstolos ao princípio se concentravam somente nos Judeus; e quando Pedro foi aos gentios: como fostes à casas de gentios? Mas Tiago mesmo disse: Pedro, está escrito em tal parte que os gentios procurarão o rosto de Deus; não só lá em Amós onde citou Tiago; aqui na profecia de Jacó, o filho do Isaque, Jacó diz depois de mencionar a Siló: “E a ele se congregarão os povos”.

Hoje nós somos de diversas nacionalidades e estamos congregados ao redor de Cristo; na China há irmãos congregados ao redor de Cristo, no México há irmãos congregados ao redor de Cristo, na Austrália, nos Estados Unidos, em todos os países da terra há cristãos reunidos ao redor de Cristo, e aumentando-se cada dia porque a Ele, ao enviado da tribo de Judá, ao Siló o enviado à tribo de Judá que é o Messias, é Jesus Cristo, congregar-se-iam não somente os Judeus, mas os povos, as etnias, as nações; e logo segue dizendo mais:

“Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite “. Esta é a característica de Judá; agora se diz que atou o jumentinho, ou seja, o burrinho ao lado da videira para comer uvas; as uvas representam a Cristo; então nós temos que atar nosso burrinho também à videira para comer e beber de Cristo.

O irmão Dong Yu Lan, que é um servo do Senhor, chinês, que está no Brasil, o nome dele, Dong, quer dizer burrinho, e ele diz: eu sou esse burrinho atado à videira, me alimentando da videira.   Nós também devemos ser como Judá já no sentido positivo de nos embriagar da videira verdadeira que é o Senhor Jesus. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador”; nos embriagar da videira verdadeira, centrados no Senhor.

As pressões nos fazem pedras preciosas

Vemos a relação de Judá com o André, com a esmeralda e com tudo o que significa a esmeralda; mas como os disse, falta ver como se esculpe a esmeralda.

Cada pedra preciosa se forma em meio de uma situação difícil; a esmeralda se forma pressionada pela pegmatita; às vezes você não quer ter problemas com seus parentes, em seu trabalho, com seus amigos, no país, mas tem problemas. Por que? porque é a pressão da pegmatita a que faz que aqueles elementos das águas termais se decantem; e por isso na Colômbia há esmeraldas, porque é uma zona sísmica; então os Andes tem correntes internas hidrotermais; essas correntes termais são as que levam a dissolução dos elementos que vão formar a esmeralda; entra em umas brechas, em uma espécie de filões, em gretas; e em gretas se forma a esmeralda; chegam esses elementos e são submetidos a pressão por causa das outras pedras que não são tão preciosas, as pegmatitas; e as pedras não preciosas são as que fazem preciosas às preciosas.

A esmeralda é preciosa graças à pressão das pegmatitas; assim se tiver pressão em sua casa, ou no trabalho, onde tiver pressão entenda a Deus. Deus te ama e se não te tirar dessas pressões é porque está te fazendo precioso, está tratando com seu caráter para que chegue a ser uma esmeralda; aí se forma a esmeralda; forma-se clandestinamente. Isso quer dizer em humilhação. A esmeralda se forma clandestinamente, em humilhação, sob pressão, sob calor; e depois, quando se tira a esmeralda e começa o trabalho de esfoliação, ou seja, de separar as linhas pelas quais vai se esculpir, isso também é um trabalho difícil.

Esfoliação é como nos separar de toda a impureza, de tudo o que são ligaduras.   A esmeralda é esculpida com uma pedra mais dura   A esmeralda não se pode esculpir sem primeiro serrar; e não se pode serrar sem primeiro esfoliar; se esfolia a esmeralda, serra-se, esculpe-se e se dá polimento; depois de passar pelos primeiros processos é que vem o processo de esculpir; e sabem como é que se esculpe a esmeralda?

Primeiro põe um cinto de cobre ou de bronze. O bronze significa julgamento, dificuldade, isso rodeia à esmeralda; é uma situação difícil; e logo com pó de diamante, graças a Deus que também com azeite, esculpe-se a esmeralda; ou seja, necessita-se outra mais dura para esculpir a esmeralda; mais duro que a esmeralda é o diamante; então com o pó de diamante misturado com azeite se vai esculpindo a esmeralda.

Às vezes nos encontramos com pessoas mais duras que nós, mas que Deus as está usando. Esse pó de diamante está em azeite; o azeite é o Espírito Santo; então o Espírito Santo esculpe a esmeralda através do pó de diamante. Não é isso muito significativo? Nós somos formados, esculpidos por meio do pó de outro mais duro. Às vezes o Senhor nos põe ao lado de pessoas que são mais duras que nós, e assim o Senhor vai esculpindo.

A esmeralda é esculpida desta maneira. Mas há outra característica do esculpido da esmeralda; a esmeralda por causa de sua composição, esculpe-se em escadas, por degraus. A esmeralda se vai armando como degrau; o que faz que se aproveite melhor a luz da esmeralda é o esculpido em degrau; outras pedras se esculpem redondas, outras em talhas diferentes, mas a esmeralda se esculpe em degrau; começa por uma borda e se faz como o primeiro plano, esculpe; depois se começa outra segunda escala; mostro fotos de como é o esculpido em escada, porque uma imagem vale mas que muitas palavras.

Por cada lado vai levando por graus; logo ao norte, ao sul, ao este, ao oeste se fazem escadinhas; a escada quer dizer progressão, quer dizer que de um nível passa a outro nível; desse passa a outro, desse passa a outro, a outro; assim também a talha da esmeralda não é de um momento a outro; necessitam-se muitos esculpidos; um primeiro, depois um segundo, um terceiro; se não se fizer um primeiro não se pode fazer um segundo; se não se fizer um segundo não se pode fazer um terceiro, etc.; assim se esculpe a esmeralda.

O Esculpir da Esmeralda e a Escada de Jacó

A escada aparece em muitas partes na Bíblia; a primeira vez que aparece a escada é no sonho de Jacó. Para que era a escada? Qual é o propósito da escada? comunicar o céu com a terra e a terra com o céu; para isso é a escada. E Deus começou a esculpir a Jacó; ao princípio era uma pedra bruta, e era Jacó. Quando Deus foi polindo em escada o voltou o Israel; depois chegou a ser o Israel assim como Simão foi convertido no Cefas.

Jacó, você vai ser o Israel, fulaninho, você vai ser uma pedra preciosa, mas precisa passar por todos estes processos, por este esculpido. Jacó estava indo da terra em que Deus havia dito a seu pai Isaque que não se fosse. Isaque, fica nesta terra, não vá; inclusive quando Abraão se foi ao Egito teve que voltar-se outra vez aonde estava sua tenda; outra vez a Betel; entre Betel e Ai. Betel é a casa de Deus; isso é o que significa Betel; e Ai significa ruína.

Jacob ou seguia o caminho da casa de Deus, ou para a ruína. Se você não caminhar com Deus para a casa de Deus, vai para a ruína. Aí era onde Deus fez voltar outra vez a Abraão, e aí foi aonde disse ao Jacó: Jacó, volta outra vez a Betel. Quando Jacó estava indo, o Senhor lhe mostrou um sonho, no qual havia uma escada de comunicação do céu com a terra, e Jacó disse que era terrível esse lugar; casa de Deus e porta do céu.

Ele entendeu o que significava; porta do céu, casa de Deus. O que Deus quer edificar é Sua casa onde Ele possa morar; por isso há uma escada, porque essa escada é para Deus ir se aproximando ao homem e o homem a Deus. Agora, quem é a escada? Cristo é a escada, porque quando falou com os discípulos, disse ao Natanael: Natanael, daqui em diante verá o céu aberto e anjos que sobem e descem sobre o Filho do Homem. É a mesma linguagem do sonho do Jacó; agora era o Senhor Jesus a pedra de cabeceira onde dormiu Jacó, onde descansou a cabeça. Jesus é a cabeceira, é a pedra do ângulo, Ele é a primeira pedra, e outros são as demais pedras; por isso a escada significa processo para aperfeiçoar a comunhão, para unir a Deus com o homem; e por isso a esmeralda se esculpe em escadas.

O esculpido é para nos fazer cada vez mais parecidos com Cristo, se não, não haveria necessidade de esculpir.  Depois de ver o esculpido, agora nos falta o polido. Às vezes, por culpa possivelmente da própria esmeralda pode ser que tenha uma pequena imperfeição, Deus não se equivoca ao esculpir, mas os entalhadores humanos se equivocam. Sabe o que se faz com a esmeralda?

O Vácuo e o Processo de Purificação

Primeiro se coloca no vácuo por um tempo; limpa-se bem com álcool; ou seja, desencardem-na com álcool e a deixam no vácuo. Por que a deixam no vácuo? Porque o vácuo permite que o que está para dentro das gretas saia; pois a natureza tende a encher o vácuo. Por isso quando você chupa uma garrafa imediatamente pega na sua boca, porque houve vácuo; é que a natureza sempre trata de encher o vácuo.

O Azeite de Cedro – Figura da Cruz e o Preenchimento do Espírito

Quando se coloca a esmeralda em vácuo, o material estranho que está nas gretas da esmeralda, sai dali por causa do vácuo; logo essa esmeralda é colocada no azeite de cedro.   Você sabe que o cedro representa a cruz e o azeite o Espírito; coloca-se a esmeralda em azeite de cedro e a deixa por vários dias a 83 graus de temperatura; não chega a ferver, quase ferve mas não ferve; e assim o azeite de cedro entra nas gretas que tinha a esmeralda nas imperfeições, e as cobre; o azeite de cedro tem a característica de ter o mesmo índice de refração da esmeralda, de maneira que as imperfeições da esmeralda são cobertas pelo azeite de cedro, assim como nossas imperfeições são cobertas pelo Espírito.

Assim se dá polimento na esmeralda, e você vê uma esmeralda preciosa sem imperfeições porque as imperfeições foram cobertas com o azeite de cedro. Como o mundo natural nos fala das coisas espirituais! É realmente uma parábola do mundo mineral para nós, irmãos. Esta é a esmeralda do André.

Conteúdo extraído e traduzido do livro “Aproximación al Apocalipsis” do irmão Gino Ianfrancesco.