I Tessalonicenses – Cap. 01:1-10
Capitulo 01
Considerações Importantes
1 – A palavra PAROUSIA é uma palavra-chave porque é, na verdade, o grande tema dessa epístola. Ela é relacionada 4 vezes nessa carta:
1.1 – I Ts 2:19-20
1.2 – I Ts 3:12-13
1.3 – I Ts 4:15-18
1.4 – I Ts 5:23-24
2 – A palavra PAROUSIA foi traduzida para o português como VINDA.
3 – O que é de extremo valor é considerar o SIGNIFICADO e as IMPLICAÇÕES da PAROUSIA do SENHOR para a Igreja.
4 – E foi isso que o apóstolo Paulo procurou enfatizar como direção clara do SENHOR, pelo ESPÍRITO SANTO.
5 – Duas perguntas que deveríamos fazer, nesse contexto são:
– Será que a PAROUSIA / VINDA do SENHOR tem implicações no nosso viver diário? Ou será que é apenas uma esperança que nos atinge para o futuro?
– Se tem implicações presentes, quais são?
– Esta é a carta, neste sentido, de abordar o significado e as implicações da Vinda de nosso SENHOR.
– Esta é a carta que mais utiliza a expressão PAROUSIA, referindo-se a VINDA de nosso SENHOR.
6 – Qual o significado da palavra PAROUSIA?
– Na língua grega original esta palavra é a composição de duas palavras:
– Os teólogos do 4º século cunharam uma palavra para falar da Divindade eterna do Filho com o Pai.
– Os primeiros debates, neste sentido, chamados de Cristológicos, tinham a ver com a divindade de Jesus, se o FILHO era DEUS eterno ou se ELE era uma criatura de DEUS.
– Este foi um ponto doutrinário sério, extremamente importante, um fundamento da fé cristã. Que foi confrontado pelo diabo no século IV.
– Muitas vozes se levantaram pra dizer que o Filho não era eterno, não era Divino.
– Então os teólogos do IV século cunharam uma expressão com este sufixo “OUSIA”:
– Hoje, nosso SENHOR está conosco pelo ESPÍRITO SANTO, mas ainda não está conosco FACE a FACE.
– Mas nós aguardamos o glorioso dia em que nosso SENHOR está conosco FACE a FACE. “Sabemos que, quando ELE se manifestar, seremos semelhantes a ELE, porque haveremos de vê-lo como ELE é”. I Jo 3:2
– O espírito da VINDA, da PAROUSIA do senhor Jesus necessita ocupar o centro de nossos afetos.
– I Tessalonicenses vai nos deixar claro que se expectativa da vinda de nosso Senhor não ocupar o centro de nossas vidas, nós não teremos como, de fato, viver vidas santas.
– “E a si mesmo se purifica, aquele que NELE tem esta esperança (A esperança de sermos semelhante a ELE e vê-lo como ELE é), assim como ELE é puro.” I Jo 3:3
– Desta forma fica claro que a única forma de vivermos vidas santas e puras é se tivermos um senso vivo e profundo da santa expectativa da PAROUSIA, a VINDA, a PRESENÇA do SENHOR, naquele dia.
– Do contrário estaremos totalmente expostos a vivermos vidas mundanizadas, vidas abarrotadas de coisas, vidas que experimentam perda de foco, experimentam distrações; vidas desapercebidas.
– Se, ao contrário, vivermos com este foco da PAROUSIA do SENHOR, vivendo na expectativa de sua Presença;
– Se este senso vivo estiver presente em nós, teremos certamente como consequência um chamado para vivermos com ELE não somente aqui e agora, mas ainda mais profundamente na SUA PRESENÇA, por toda eternidade.
– Neste sentido por mais gozo, paz e alegria que desfrutamos hoje, percebemos que isto ainda fica bem aquém do chamado celestial, tanto sob o ponto de vista do desfrute de SUA PRESENÇA FACE A FACE, quanto à consciência de que este tempo hoje é uma mínima fração diante de uma eternidade em glória com o SENHOR.
– Quem tem esta consciência não tem como ansiar veementemente a sua VINDA, em desejar ardentemente SUA PRESENÇA, SUA PAROUSIA?
– Neste sentido devemos nos avaliar, sob o ponto de vista daquilo que pode estar minando nosso vigor espiritual, embaçando nossa visão e realidade espirituais quanto a PAROUSIA do SENHOR, ou mesmo tudo o que tem ocupado o centro, o foco de nossa peregrinação terrena.
– Um exemplo muito claro disto diz respeito ao envolvimento com a política. Isto tem retirado de muitos irmãos o vigor espiritual e o poder de influência mediante um testemunho vigoroso, por causa de um envolvimento com questões políticas.
– O envolvimento político é uma demonstração de que nossos corações não tem expectativa REAL, PROFUNDA, VIVA, VIBRANTE, FERVOROSA quanto a iminência daquele Dia.
– É um indicativo de que as raízes estão bem fincadas nesta terra, e aguardando melhorias de diversas formas incluindo melhores governos e, quem sabe, promoção, prosperidade, reconhecimento humano, dentre outros.
– Isto expressa e testifica que nosso coração não se enquadra naquela fé e filosofia de vida expressa em Hebreus, Cap. 11.
– É relevante mencionar que aqueles patriarcas “aspiravam” (Hb 11:16) uma pátria superior, isto é, celestial. Esta palavra “ASPIRAR” fala de um ANSEIO CONSUMIDOR.
– Porque demostraram este anseio profundo, a escritura registra: “Por isso DEUS não se envergonha deles, de ser chamado o seu DEUS, porquanto lhes preparou uma cidade” (Hb 11:16).
– SE o nosso CORAÇÃO não ASPIRA a uma PÁTRIA SUPERIOR, DEUS pode sim, se envergonhar de nós. Por quê?
– Porque teremos corações consumidos, contaminados com as coisas deste mundo. Corações mundanizados.
– E a escritura é clara: A nossa pátria está nos Céus. O apóstolo Paulo deixa isso claro, especialmente em Fp 3:17-21.
É interessante notar esta questão de SER ou NÃO SER envergonhado na relação com o SENHOR e na manifestação de sua VINDA. Vejamos:
SL 25:2-3 – Relação com confiar e esperar no Senhor.
SL 25:20 – Relação com refugiar-se no Senhor.
SL 31:17 – Relação com invocar o nome do Senhor.
SL 37:18-19 – Relação com a integridade e a fartura.
SL 119:31 – Relação com o apego ao testemunho do Senhor.
SL 119:78 – Relação com a soberba e a injusta opressão.
SL 119:80 – Relação com o ser irrepreensível os decretos do Senhor.
SL 129:5 – Relação com o aborrecer a Sião.
IS 41:11 – Relação com aqueles que se indignar contra o povo de Deus.
Jr 6:15 – Relação com o cometimento de abominações.
Jr 8:9 – Relação com aqueles que rejeitavam a palavra do Senhor.
Jr 10:14 – Relação com a idolatria.
Jr 17:13 – Relação com o DEIXAR o Senhor.
Jr 31:19 – Relação com a consciência do pecado.
Zc 13:4 – Relação com os falsos profetas e falsas profecias.
Lc 14:9 – Relação com o buscar os primeiros lugares.
Ip 1:20 – Relação com o encontro com o Senhor (aprovação).
II Ts 3:14 – Relação com o constrangimento da desobediência.
Tt 2:8 – Relação com uma linguagem sã e irrepreensível.
I Pe 2:6 – Relação com a Fé na rocha eterna, nosso Senhor.
I Jo 2:28 – Relação com a remanência em Cristo.
– Tendo em vista tudo isto, necessitamos manter continuamente uma viva esperança quanto a PAROUSIA do Senhor. Somos chamados a uma viva e gloriosa esperança e devemos ter absoluta clareza de que nunca teremos o nosso ser saciado em coisas, em pessoas, em projetos humanos, em nada!
– Somente Nele nosso coração pode descansar e encontrar Plenitude de Vida, glória, deleite, etc. E isto na PAROUSIA do SENHOR.
– Esta é a nossa gloriosa esperança!
Vamos iniciar com 05 Notas introdutórias:
1 – Paulo escreveu 13 epístolas. Um servo do Senhor chamado William Graham Scroggie dividiu, segundo seu entendimento, as epístolas de Paulo associando-as às fases de sua vida com as estações do tempo.
- Sub divisão proposta por Willian Scroggie em seu livro “O Descortinar do Drama da Redenção.”
- A Epístola aos Tessalonicenses se encaixa na Primavera do ministério do apóstolo Paulo.
2 – O contexto de I Tessalonicenses é descrito em Atos, mais especificamente quando de sua 2ª Viagem Missionária.
Observe o contexto mais geral que vai de At 16:1 até At 18:28
– Paulo passa Listra e, a partir desse ponto Timóteo passa a seguir com ele. (At 16:1-5)
– Silas já estava em sua companhia desde o início desta 2ª viagem missionária (At 15:36-41)
– Paulo era extremamente sensível ao falar do Espírito Santo, assim ele:
É impedido de pregar a palavra na Ásia (At 16:6)
É impedido de ir a Bitínia (At 16:7)
É instruído por revelação em sonho a passar à Macedônia (At 16:8)
– Eles pregam o evangelho em Filipos, na Macedônia.
– Lá em conhece uma mulher chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura. Ela se converte e passa posteriormente a contribuir na Obra, inclusive hospedando Paulo em sua casa (At 16:11-15).
Esta inserção de Paulo na região Macedônia é responsável pela disseminação da Palavra do Senhor na Europa. Somos devedores a Paulo por isto, uma vez que na Europa a Palavra se expandiu dentre outros locais para as Américas (Sul / Norte).
3 – A partir desta clara direção do Senhor, pelo Espírito Santo, Paulo vai a Filipos e lá temos todos os acontecimentos narrados em At 16:11-40.
– De Filipos, então Paulo passa à Tessalônica. Paulo se dirige a uma Sinagoga Judaica e por cerca de 03 sábados Paulo “arrazoou com eles acerca das Escrituras, expondo e demostrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentro os mortos; e este, dizia ele é o CRISTO, JESUS, que eu vos anuncio.“ At 17:1-9
– Paulo, portanto, prega o evangelho neste local apenas 03 sábados. Ali se forma uma assembleia que esteve sob intensa aflição e tribulação, a exemplo dele mesmo, Paulo.
– Houve inclusive uma perseguição a um irmão chamado Jasom, realizada por judeus movidos de inveja. Jasom foi quem hospedou Paulo em sua casa durante a estadia dele naquela cidade.
– Muita aflição para Paulo e muita aflição para os Tessalonicenses cristãos nesta jovem assembleia que se formava. E é nesta perspectiva que devemos procurar entender estas cartas.
– Mas por que a análise histórica retrospectiva de todo este contexto? Porque não devemos perder de vista à maneira do ESPÍRITO SANTO de encorajar uma assembleia jovem, atribulada e perseguida.
– Qual a maneira de DEUS de fortalecer, encorajar uma assembleia jovem, sofrida, que vivia uma perseguição e oposição severas conforme o relato de At 17.
– A maneira do ESPÍRITO SANTO é uma só: Trazer a memória deles uma lembrança viva da PAROUSIA de nosso SENNHOR JESUS CRISTO.
– Paulo não os consola dizendo supostamente. “Calma, fiquem fortes, perseverem, sejam fortalecidos, e tantas outras palavras de alento que, de certo modo são palavras adequadas, mas não. Paulo os lembra da PAROUSIA do SENHOR.
– Mas a grande “nota” desta epístola (e sob esta perspectiva nos parece bastante claro agora) é a PAROUSIA do SENHOR.
– Paulo quer trazer vivo na memória deles, que eles foram chamados para estarem face a face com o SENHOR, enfrentassem o que tivessem que enfrentar; se necessário pagando com suas próprias vidas, porque o grande chamado deles não estava centrado nesta terra.
– Isto é de fundamental importância relembrarmos. A maneira do ESPÍRITO SANTO animar, acalentar, fortalecer e encorajar, trazer de novo o fervor de volta, para uma assembleia jovem e sofrida. É ministrar no profundo de seus corações a PAROUSIA do SENHOR.
– OBS: Algumas das confissões de fé de grupos, chamados cristãos, não incluem a PAROUSIA do SENHOR. Não é isto algo extremamente grave?
– Se nós tivéssemos a responsabilidade de redigir uma confissão de fé, será que nós não incluiríamos este tema da PAROUSIA do SENHOR?
– Talvez a melhor resposta a esta pergunta seja o que Paulo disse em ICo 15:19 – “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.”
– Em outras palavras, a presença, a PAROUSIA de nosso SENHOR, o nosso encontro com ELE, e uma vida eterna em sua PRESENÇA é, na verdade, a grande expectativa de nossa fé e esperança.
– E é por causa da PAROUSIA do SENHOR que nós vivemos nossa vida cristã com coragem, a despeito das dificuldades, oposições e até mesmo perseguições.
– A nossa fé mira uma esperança.
– Esta é a 1ª questão magnífica que nós precisamos absorver nesta epístola.
– Se nós, de fato, amamos o SENHOR do mais profundo de nossos corações, então o nosso maior anseio é que o SENHOR venha! Maranata!
– E então nós estaremos para sempre com o SENHOR, assim como Paulo menciona em I Ts 4:17.
I Co 15:12-19 -> Vamos dar especial atenção a palavra vã.
– A palavra neste contexto significa inútil, sem propósito, sem força.
– Isto dá uma dimensão de significado e propósito à nossa existência com respeito à volta do SENHOR.
– Ao mencionar o Vs 19 Paulo nos dá uma dimensão do significado de estar eternamente na Presença do SENHOR, como algo infinitamente superior à maior dentre as bençãos que mesmo agora, NELE, pudéssemos experimentar:
– A paz de CRISTO
– O gozo de sua PRESENÇA
– A fidelidade de CRISTO
– O companheirismo de CRISTO
– Veja esta realidade expressa de maneira bastante forte no Cântico redigido por nosso irmão Watchman Nee chamado “Desde Betânia.”
“Desde Betânia, quando nos deixaste,
Saudade imensa inundou meu ser.
Não tenho mais tocado a minha harpa –
Como tocar, se a Ti não posso ver?
Na solidão da noite tão profunda,
Fico em silêncio e calmo a meditar
Nessa distância, pois de mim tão longe estás
E há quanto tempo prometeste regressar!
Sem lar, recordo Tua manjedoura,
Olhando a cruz não posso me alegrar.
E Tu me lembras o meu lar futuro,
Mas é a Ti quem mais quero encontrar.
Sem Ti não tem sabor minha alegria;
Doçura, encanto, aos hinos vêm faltar,
Vazios são meus dias, pois aqui não estás.
Senhor, Te peço, não demores a voltar.
Embora aqui Tua presença eu goze,
De Ti saudade estou sempre a sentir.
Mesmo gozando o Teu amor imenso,
Anseio pelo dia em que hás de vir.
Mesmo na paz me sinto tão sozinho;
Por Ti suspiro em meio do prazer.
Jamais minha alma tem satisfação total,
Pois o Teu rosto amado não consigo ver.
Com sua terra sonha o peregrino,
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.
Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!
Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?
Tu lembras que buscar-me prometeste,
E junto a Ti em breve me levar?
Mas tantos dias e anos já passaram,
Cansado estou e peço-Te lembrar.
Tuas pegadas vejo tão distantes,
E quanto tempo ainda vai passar?
Ansioso clamo a Ti, e peço, ó Salvador:
Oh, não demores! Vem, Senhor, me arrebatar.
O dia nasce e morre, e assim as noites.
E quantos santos já não estão aqui
Tanto esperaram pela Tua volta,
E há muito tempo estão dormindo em Ti.
Ó meu Senhor, por que não Te manifestas?
Espesso véu está a Te ocultar –
Quantos remidos Teus estão a Te esperar!
Será que a nossa espera não vai mais findar?
Sei que também anseias por voltares
E arrebatar os redimidos Teus.
Por isso peço não mais demorares;
Depressa vem levar-nos para Deus.
Ó vem, Senhor, a Tua Igreja clama;
Não ouves Tua Noiva a Te chamar?
Olhando o céu, saudosa, diz a suspirar:
“Amado Noivo, não demores a voltar!”
– Se isto não for uma realidade para nós também, nós (como veremos mais adiante nesta mesma carta) não poderemos viver vidas santas e aprovadas pro SENHOR.
5 – Vejamos a diferença entre “Dia de CRISTO” e “Dia do SENHOR.”
Dia do SENHOR -> É uma expressão que tem a ver com calamidade, com juízo, com vingança, com trevas, com ira.
Dia de Cristo -> Tem outro significado e aplicação. Tem a ver com o Dia do encontro do SENHOR com seus fiéis redimidos.
– Esta citação de Paulo e II Timóteo é bastante significativa. Ele não o chama de “Dia de CRISTO”. Isto denota anseio e intimidade.
– Será que para nós o “Dia de CRISTO” tem sido chamado de “Aquele Dia”?
– Não é necessário dizer da expectativa que consome o coração de uma noiva quanto ao dia de seu casamento. E a noiva de CRISTO como aguarda, como se prepara e com que ansiedade espera por “Aquele Dia”?
– Que o SENHOR encontre lugar nos nossos corações para ajustar nossas vidas de tal maneira que “Aquele Dia” seja “O Dia” para cada um de nós.
– Vamos agora, após as 05 notas introdutórias, passar a uma análise mais detalhada desta epístola.
– Vamos analisar quais eram, sob a perspectiva do apóstolo Paulo, devidamente inspirado pelo ESPÍRITO SANTO do que seria:
1- O significado da PAROUSIA do SENHOR (O impacto)
2- As implicações desta PAROUSIA (nos nossos corações)
– O capítulo 01 destaca fundamentalmente o testemunho dos Tessalonicenses conectado com este assunto da VINDA, da PAROUSIA do SENHOR.
– Era uma assembleia sofredora, uma assembleia muito jovem. Uma assembleia que havia perdido a esperança com respeito aqueles que já haviam partido, aqueles santos que haviam já morrido / dormido.
– Eles achavam que aqueles que dormiram, que morreram antes da PAROUSIA do SENHOR, eles teriam perdido esta oportunidade gloriosa de estar e de ver o SENHOR face a face.
– Ou seja, eles estavam, de certa forma, desesperançados, afligidos e em meio a muita tribulação, perseguição e sofrimento.
– Esta carta entra, portanto, como uma base de sustentação maravilhosa para irmãos tão jovens e tão atribulados.
– A palavra que resume este testemunho tão vibrante desta jovem assembleia sofredora está descrita no Vs 08.
… “Porque de vós repercutiu” … (Testemunho retumbante)
– Instrumentos de percussão são aqueles que, ao serem tocados, emitem um som alto, estridente, significativo.
– A palavra grega para “repercutir”, fala exatamente de um som estridente, como de um tambor, que quando tocado se ouve de longe.
– Mas porque o testemunho deles era tão vibrante?
– Vs 03
– Operosidade da vossa fé (Fé + obras)
– Abnegação do vosso amor (Amor altruísta)
– Firmeza da vossa esperança (Viva esperança)
Em I Co 13:13
“Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor, destes três, porém o maior é o Amor.”
– Por que o maior deles é o Amor?
– Porque toda nossa vida de fé (o justo viverá pela fé) vai se consumar na vinda, na PAROUSIA do SENHOR.
– Nós não precisamos mais de fé neste momento, porque a nossa fé terá chegado à sua consumação.
– E a consumação da fé se chama Amor.
– E nós também não necessitaremos mais de esperança. Hoje nós temos uma viva esperança, aliás, “…E a si mesmo se purifica todo aquele que nele tem esta esperança…”
– Mas quando nós estivermos face a face com o SENHOR, na PAROUSIA do SENHOR, nossa esperança terá sido consumada.
– Ou seja, fé consumada, esperança consumada.
– Então não mais necessitaremos de ambas, porque haveremos de experimentar a Plenitude do Amor.
– Nesse sentido, podemos dizer que a fé e a esperança são dois rios que desaguam conjuntamente no Rio do Amor!
– É como se o Amor fosse um rio para o qual afluem dois outros rios: A esperança e a fé.
– Vejamos a aplicação disto expressa no Vs 09
– “Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio” Vs 09ª
-> A repercussão do testemunho dos Tessalonicenses se deu, em grande medida, porque o ingresso de Paulo, Silas e Timóteo no meio deles proclamando o evangelho, foi retumbante. Neles a palavra era viva, forte e real.
– Sem vidas fortes no SENHOR, em certo sentido retumbantes, nós nunca teremos frutos expressivos em nosso ministério do Senhor.
-> Estas são as razões pelas quais eles tinham um testemunho retumbante.
-> Será que nós temos deixado os ídolos? Eles têm muitos nomes; são sutis e persuasivos.
-> Será que temos tido uma viva esperança, aguardando dos céus o Seu FILHO?
Considerações finais do capítulo 01:22
01 -> Hb 9:27-28
-> Atenção a palavra “Aparecerá segunda vez” -> PAROUSIA do SENHOR-> Atenção a palavra “aos que o aguardam”
-> Isto é muito impressionante.
-> ELE aparecerá, segunda vez, “aos que o aguardam.”
02 -> I Ts 2:13 -> Atenção às palavras sublinhadas
-> Voltando a I Ts 1:10 temos de entender que:
– Não basta uma Fé operosa
– Não basta um Amor abnegado
– É necessária uma Viva Esperança, devidamente firmada na promessa e expectativa da volta do SENHOR.
-> Vamos avaliar o termo AGUARDAR (como já vimos em Hb 9:27-28)
03 -> Mt 24:45-51 -> Vamos analisar com ênfase no Vs 50.
Obs:01: Como é SERVO significa que é filho; não é ímpio significa que a Parábola fala muito da conduta dos servos do SENHOR.
Obs:02: Não há como viver uma vida santa sem está viva esperança de voltar ao SENHOR.
Obs:03: Há falha no serviço ao SENHOR, servindo aos santos, e como consequência, há falha moral: mundanismo.
Obs:04: Atenção ao versículo 50
Não diz “Virá o SENHOR daquele servo em dia que não espera”
Mas diz “Virá o SENHOR daquele servo em dia em que não O espera”
Isto é terrivelmente grave. Este Servo não espera pelo Seu Senhor.